Com menos de um ano no Brasil e seis lojas funcionando, a rede abrirá mais cinco filiais ainda esse ano, e se prepara para inaugurar outras 16 no ano que vem. Um centro de distribuição também está previsto para 2015
Erica Ribeiro
eribeiro@brasileconomico.com.br
Depois da primeira loja inaugurada no Brasil, em abril deste ano, a Forever 21, do coreano Do Won Chang, coloca o pé no acelerador com a abertura de mais cinco filiais até o final do ano.
Atualmente com duas unidades em São Paulo (nos shoppings Eldorado e Morumbi), duas no Rio (Village Mall e Barra Shooping), uma em Brasília e outra em Ribeirão Preto (SP), a rápida expansão da rede, que surgiu em Los Angeles, em 1984, é resultado da receptividade da consumidora brasileira à marca.
A resposta que tivemos esse ano com as lojas que foram inauguradas foi o que nos motivou a dar os próximos passos esse ano e também nos seguintes, diz o diretor de Marketing da Forever 21 no Brasil, Eduardo Barberi.
As próximas inaugurações acontecem ainda essa semana no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.
Na sequência, estão programadas as aberturas de pontos de venda nos shoppings Vila Olímpia e Bourbon, ambos na capital paulista.
Também na cidade de São Paulo será aberta uma loja de rua onde antes funcionava a Empório Armani, na região da Rua Oscar Freire, principal endereço das grifes na metrópole.
O shopping Golden Square, em São Bernardo do Campo (SP), também sediará uma unidade.
Com tantas inaugurações ainda esse ano, coincidindo com a principal data para o varejo, o Natal, Barberi garante que as lojas estarão completamente abastecidas para a corrida às compras, algoque já é comum em uma filial da marca em qualquer lugar domundo, mas que se intensifica em datas especiais.
Temos um estoque preparado para atender à demanda do Natal e festas de final de ano. E previsão de entregas aéreas de nossos produtos importados, completa Barberi.
Além das inaugurações que vão movimentar o mercado de moda no Brasil que, segundo fontes do setor, fatura algo em torno de R$ 170 bilhões , um anúncio feito ontem pelo BTG Pactual, responsável pela administração do Fundo de Investimento Imobiliário Parque Dom Pedro Shopping Center, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), informa sobre a expansão do empreendimento, em Campinas (SP), tendo como loja âncora a Forever 21.
O shopping, que pertence ao grupo Sonae Sierra, terá uma filial da rede americana com dois mil metros quadrados. De acordo com dados da própria Sonae Sierra, o objetivo, além de aumentar a visibilidade do centro de compras, é atender a pedidos dos consumidores por uma loja da marca na região.
De acordo com uma fonte do setor, a abertura da Forever 21 no Parque Dom Pedro está prevista paramaio de 2015.
Depois dela, será a vez de Goiás, também no ano que vem, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia, com espaço de mil metros quadrados.
As unidades, apesar da configuração de âncoras, não são vistas desta forma pelos gestores da Forever 21. São consideradas apenas lojas grandes.
Porém, a novidade da loja do Parque Dom Pedro, diz amesma fonte, será a possibilidade de abrigar neste espaço todos os conceitos da marca, com as linhas masculina e plus size, entre outras.
Para 2015, a previsão é de abertura de mais 16 lojas, no Rio, São Paulo, Minas Gerais e Curitiba.
Com mais unidades também será aberto um Centro de Distribuição da Forever 21 no ano que vem e a cidade escolhida seria São Paulo.
Outro ponto que está sendo discutido, segundo a mesma fonte que tem conhecimento dos planos da marca, é a busca por fornecedores locais.
A empresa quer encontrar fabricantes brasileiros para o mobiliário e também na área de confecção, que atenderiam não só ao mercado nacional mas também as lojas Forever 21 na América do Sul, exportando estes produtos para a região.
Hoje, todos os itens expostos nas araras a prateleiras da Forever 21 são importados e, para que isso acontecesse, Wong fechou uma joint venture no Brasil, criando a Highland Park Comércio e Importação, em julho do ano passado, com sede em São Paulo.
A burocracia e os impostos são considerados o maior problema para a marca. Mas, afirma Barberi, com a escala que ganharam, a varejista consegue manter os preços semelhantes aos encontrados nas demais lojas pelo mundo.
Os preços, a comunicação visual e o conceito são os diferenciais que fazem com que consumidores no Brasil sejam tão receptivos, diz o executivo.
Brasil Econômico – SP