02/12/2014 Empresa usará recursos para pagar dívidas e financiar nova frota e rotas; Restoque também faz oferta para captar R$ 400 milhões A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro para uma oferta inicial de ações no Brasil e nos Estados Unidos, retomando tentativa de abrir capital que havia sido abandonada no ano passado por condições desfavoráveis do mercado. Em documentos entregues à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, a Azul informou que pretende listar ações preferenciais no Brasil, no nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa e recibos de ações (ADRs) na Bolsa de Nova York. À Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa fez pedido de registro de companhia aberta em nome de Azul SA. Os recursos provenientes da operação serão usados para a compra de jatos da Embraer e ATRs, financiar investimentos em aumento do número de rotas e pagamento de dívidas, segundo prospecto publicado na SEC. A companhia afirma no prospecto que pretende adicionar 12 aeronaves de corredor duplo da Airbus em sua frota. Os aviões serão usadas para atendimento de voos para a Flórida a partir do final deste ano e também para Nova York, onde a empresa pretende iniciar voos de Campinas (SP) ao aeroporto JFK, em meados do próximo ano e também em mercados de alta densidade no Brasil, segundo o prospecto. Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs, Santander Investment Securities, Banco do Brasil Securities,Raymond James & Associates, Banco Pine e Deutsche BankSecurities serão os coordenadores internacionais da oferta. Os nacionais serão Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs, Santander, BB Investimento, Pine Investimentos e Deutsche Bank. Após a oferta, o acionista majoritário da companhia, David Neeleman, sócio fundador que tem atualmente 67% das ações, vai permanecer sendo o acionista controlador da Azul. Restoque aprova oferta para de 50 milhões de novas ações A Restoque, que reúne grifes como Le Lis Blanc e John John, divulgou ontem que seu conselho de administração aprovou a realização de oferta pública de 50 milhões de novas ações ordinárias, estimando levantar cerca de R$ 428,9 milhões com a operação. A oferta contará com distribuição primária, quando os recursos obtidos vão para o caixa da empresa, sendo que a Restoque prevê utilizar 70% do total para reduzir seu endividamento e os 30% restantes para financiar seu plano de expansão através da aquisição de empresas com foco no público de alto padrão e boas métricas operacionais. A oferta será colocada por Itaú BBA, JP Morgan, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI e BTG Pactual.
Brasil Econômico – SP