Em São Paulo, endividamento chegou a 43,8%, menor índice desde fevereiro de 2012
O número de famílias endividadas na cidade de São Paulo caiu de 45,3% em outubro para 43,8% em novembro, segundo pesquisa de endividamento da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
Este é o resultado mais baixo desde fevereiro de 2012. Na comparação com novembro do ano passado, a queda foi ainda maior. Naquele mês, o nível de endividamento era de 52,1%.
Segundo o indicador, 10,5% das famílias de São Paulo possuem contas em atraso – esse é o nível mais baixo registrado desde fevereiro de 2012; 49% das famílias têm contas vencidas acima de 90 dias; 22,7% admitiram ter contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 26,3% estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.
Contudo, apenas 3,5% acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. Em novembro de 2013 esse porcentual era de 4,5%.
Segundo avaliação da Federação, “a queda do nível de endividamento das famílias está relacionada aos indicadores macroeconômicos que apontam um cenário de baixo crescimento, inflação e juros em alta, além de menor crescimento da renda do consumidor. Nos últimos meses, o conjunto desses fatores tem deixado o consumidor mais cauteloso na obtenção de novos financiamentos, reduzindo gradativamente o nível de endividamento das famílias”.
o endividamento é maior entre as famílias de renda mais baixa, com renda de até dez salários mínimos. O percentual entre este segmento da população é de 47%. Isso porque elas sentem de maneira mais forte os efeitos da inflação. Já nas famílias que ganham mais de dez salários mínimos, o índice chegou a 34,5%.
O cartão de crédito continua sendo o vilão das famílias. Ele é a principal dívida de 67% das famílias entrevistadas, seguida por financiamento de carro (21,2%), carnês (16,8%), financiamento de casa (13,9%), crédito pessoal (12,1%) e cheque especial (6,3%).
Revista No Varejo on-line – SP