16/11/2014 05h08
O G20, o grupo das 20 principais economias do mundo, anunciou neste domingo, 16, no comunicado final de sua cúpula de Brisbane que a economia mundial poderá engordar US$ 2 trilhões até 2018, se funcionarem as iniciativas de crescimento contidas no documento.
São medidas para “incrementar investimento, comércio e a competitividade, além de estimular o emprego”, o que, em tese, “respaldaria o desenvolvimento e o crescimento inclusivo”.
O pacote, que poderia ser chamado de PAC global (Programa de Aceleração de Crescimento), produzirá, se totalmente implementado, um crescimento de 2,1 ponto percentual, de acordo com análises do Fundo Monetário Internacional e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Uma primeira análise das duas instituição apontava para um crescimento de 1,8 ponto percentual, sempre em um período de cinco anos.
O Brasil entrou com sete iniciativas no pacote.
O PAC é a cereja do bolo da cúpula de Brisbane, que tem ainda os seguintes destaques, entre outros:
1 – Cria a Iniciativa Global de Infraestrutura, “programa de vários anos para aperfeiçoar a qualidade do investimento público e privado em infraestrutura”.
Para respaldar a Iniciativa, criar-se um Núcleo de Infraestrutura Global, com mandato de quatro anos”. Servirá para “desenvolver e disseminar conhecimento e de rede de enlace entre governos, o setor privado, bancos de desenvolvimento e outras organizações internacionais”.
2 – O texto saúda a proposta para que os bancos sistematicamente importantes (são 30) tenham um colchão de capital suficiente para absorver perdas totais (de empréstimos) em caso de crise grave.
3 – Lança um plano de ação para modernizar o sistema tributário internacional, com previsão de estar pronto em 2015. Visa evitar que empresas que lucrem em um país declarem atividades em paraísos fiscais, para pagar menos impostos.
4 – Endossa um Plano de Ação Anti-Corrupção para 2015/16, que prevê cooperação para combater a corrupção e, entre outros pontos, negar santuários para funcionários corruptos.
5 – Compromete-se a implementar todos os elementos do acordo de Bali (para reduzir burocracia no comércio internacional) e em rapidamente definir um programa para completar a Rodada Doha, o mais ambicioso projeto de liberalização comercial.
Folha de S. Paulo – SP