O aumento de 6,4% nas vendas do varejo brasileiro em setembro, na comparação ao mesmo mês de 2016, mostra que a atividade segue em sua tendência de recuperação, avalia Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A recuperação é intensa e disseminada entre segmentos do setor. O resultado de hiper e supermercados (+6%) é a maior alta desde abril de 2014; o de artigos farmacêuticos e medicamentos (+8,3%) é a maior desde março de 2015; móveis e eletrodomésticos (+16,6%) é a maior desde março de 2012.
“Por essa base de comparação anual, a recuperação do setor fica evidente. Isso tem relação com a queda dos juros, inflação menor, melhora do mercado de trabalho, com melhora da massa de rendimento circulante na economia”, disse Isabella, durante coletiva.
Ela lembrou que uma base de comparação mais baixa de 2016 também contribui agora para a existência de taxas tão elevadas nas vendas do varejo. O setor ainda estaria operando 8,5% abaixo de seu nível mais alto, que foi registrado em novembro de 2014.
Na passagem de agosto para setembro, as vendas do varejo tiveram crescimento de 0,5%. A alta foi disseminada (cinco de oito atividades acompanhadas) e recupera as perdas de 0,4% no mês anterior (dado revisado de queda de 0,5%).
“Setembro trouxe uma conjuntura favorável que estimulou o consumo. São várias taxas elevadas, não está só concentrada”, disse Isabella.
Fonte: Valor Econômico