A Lojas Americanas planeja abrir 3 mil unidades no formato de conveniência, seguindo uma estratégia de expansão parecida com a das supermercadistas Grupo Pão de Açúcar e Carrefour. No entanto, a companhia não detalhou o prazo nem o investimento necessário para colocar essa iniciativa em prática.
Há algum tempo, a rede planeja fazer a expansão com lojas pequenas, tanto que em 2016 manifestou interesse em comprar participação na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que opera postos de combustíveis, quando a estatal buscava um sócio para a operação.
“As unidades têm sortimento de produtos e atendimento ao cliente diferenciados. Ainda estamos sendo muito cuidadosos com o piloto desse formato e temos certeza de que precisaremos trabalhar muito bem nesta primeira fase do projeto”, afirmou Luiz Saraiva, diretor financeiro e de relações com investidores.
Segundo a varejista, o novo modelo vai lhe permitir aumentar as vendas de cartões pré-pagos licenciados de conteúdo digital e de recarga digital. Em teleconferência com analistas, Saraiva não detalhou qual o número potencial de unidades desse formato no plano de expansão da Lojas Americanas entre 2015 e 2019, que prevê 800 novos pontos, de modo geral.
Diante da estratégia de avançar em municípios onde não tem presença física, a Americanas pretende desenvolver fornecedores locais para as lojas mais distantes do centro de distribuição. A unidade de Itacoatiara (AM), por exemplo, fica 4.895 quilômetros distante do depósito em Pernambuco. São necessários 16 dias para abastecê-la.
Entre julho e setembro, a rede obteve lucro líquido de R$ 23,1 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 70,6 milhões verificados um ano antes. Analistas esperavam que o resultado fosse mais forte, tanto que a projeção do Credit Suisse era 27% superior. Para a instituição financeira, a melhora econômica, a queda na taxa de juros e a evolução da controlada B2W poderão trazer melhores resultados no futuro.
A B2W, dona dos sites Submarino, Americanas.com e Shoptime, que reportou queda de 39,2% no prejuízo no trimestre, para R$ 88,17 milhões, planeja aumentar as sinergias com as lojas de sua controlada para a retirada de mercadorias compradas on-line. Fabio Abrate, diretor financeiro e de relações com investidores, disse que o serviço está disponível em 300 unidades da Americanas.
Durante teleconferência, o executivo afirmou que o cenário para as vendas da B2W neste trimestre é positivo e impulsionado pela operação de marketplace, cujas vendas por terceiros deverão passar dos atuais 35,7% para 50% total vendido pela companhia. A trajetória para a geração de caixa livre no curto prazo também é positiva, disse o executivo.
Fonte: Valor Econômico