Turnover alto e acordos coletivos baixos são alguns motivos para o recuo, segundo estudo da Korn Ferry Hay Group
Os salários praticados no varejo alimentar cresceram 6% em valores nominais no ano passado, segundo a Pesquisa de Remuneração no Varejo, realizada anualmente pela Korn Ferry Hay Group. Em termos nominais, a variação ficou 3% abaixo da inflação.
O percentual se explica pelo alto turnover do setor, que, no ano passado, ficou em 40%. Ou seja, quase metade do quadro de funcionários foi trocada durante 2015. Quando entram numa empresa, os novos profissionais normalmente recebem o valor equivalente ao piso, o que impulsiona a massa de salários para baixo. Outro fator foram os acordos coletivos, que, em 2015, também perderam para a inflação: ficaram em torno de 8,4%, contra uma inflação média na casa de 9%.
Aumentos por mérito também costumam influenciar os salários praticados. “No ano passado, as empresas supermercadistas frearam os aumentos realizados por promoções ou atrelados à meritocracia para se ajustar à crise econômica”, explica Diego Furtado, consultor da Korn Ferry Hay Group.
O Estudo de Remuneração do Varejo do Hay Group, agora divisão da Korn Ferry, traz os dados consolidados de 2015 sobre salários do setor. Neste levantamento, participaram 60 empresas, sendo 20% de super, hipermercados e cash & carry. Entre as varejistas respondentes do estudo, 13% têm até 1.500 funcionários, 34% de 1.501 a 5.000, 40% de 5.001 a 30.000 e 13% acima de 30.001. Quanto ao faturamento, 13% possuem receita acima de R$ 10 bilhões, 56% entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões, 13% entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão e 18% abaixo de R$ 500 milhões.
Presente em 56 países, com mais de 7 mil funcionários, a Korn Ferry é uma das mais destacadas empresas do mundo em consultoria organizacional e de pessoas, voltada a desenvolver estratégias de pessoas que impactam em todo potencial das equipes.