25/09/2015 às 05h00
Por Cibelle Bouças | De São Paulo
A tapioca, iguaria à base de fécula de mandioca muito consumida nas regiões Nordeste e Norte, ganha o mercado internacional. A Casa Maní (Amidoeste), fabricante de mandioca com sede em Tarabai (SP), começou a exportar neste mês o produto para Estados Unidos e Japão. A empresa também negocia um contrato com uma varejista da Alemanha e prevê começar os embarques neste ano. Antonio Donizetti Fadel, sócio e presidente da Casa Maní, disse que a tapioca tem chamado a atenção por ser uma alternativa sem glúten a produtos de panificação. Um levantamento da Mintel indica que o mercado de alimentos sem glúten movimenta US$ 9 bilhões por ano nos EUA. No Brasil, segundo a Euromonitor, esse mercado cresceu 8,5% em 2014 e movimentou R$ 140,9 milhões. “Em função da nova onda de dietas sem glúten, a tapioca tem uma aceitação maior do que esperávamos”, disse Fadel. A companhia investiu R$ 10 milhões no desenvolvimento de uma linha de massas prontas para tapioca, embaladas a vácuo em sachês para preparo individual. Até 2016, a Casa Maní prevê colocar no mercado discos de tapioca prontos. Fadel informou que a empresa já fornece a massa no Brasil para restaurantes. A Casa Maní opera com capacidade de 1,5 mil toneladas de fécula de mandioca por mês e espera dobrar essa capacidade em 2016, com as tapiocas. “Vamos continuar fornecendo fécula, mas o carrochefe vai ser a tapioca”, disse Fadel. A Casa Maní prevê crescer 20% em receita neste ano, para R$ 8 milhões, e aumentar em 7,5 vezes a receita em 2016, para R$ 60 milhões. A Casa Maní é uma empresa familiar com 40 anos de operação e é administrada pela terceira geração da família fundadora.
Valor Econômico – SP