Por Redação | Os pontos de venda físicos continuam sendo relevantes mesmo diante do avanço digital para Marcelo Cherto, fundador e presidente da Cherto Consultoria e da Franchise Store e sócio-fundador da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Ele avalia que é extremamente difícil – para não dizer quase impossível – gerar experiências emocionais positivas em sites de e-commerce e outros canais de venda remota. Nesse quesito, os pontos de venda físicos (desde que bem planejados e operados, é claro) são imbatíveis. Especialmente aqueles sobre os quais o “dono” da marca do produto ou serviço tem condições de exercer um grau elevado de controle com relação a todo o processo da jornada do consumidor.
Para o executivo, mesmo com o crescimento das vendas online, os pontos de venda físicos continuam sendo muito relevantes. E isso não deverá mudar tão cedo, já que eles garantem uma experiência sensorial e imersiva que os sites de e-commerce e outras formas de venda à distância hoje simplesmente não conseguem reproduzir, por mais que façam uso de ferramentas cada vez mais sofisticadas.
A possibilidade de tocar e experimentar o produto antes de comprar, de ver e sentir sua qualidade, seu material e seu acabamento, de ter uma interação cara a cara com um vendedor, de sentir o cheiro da loja, perceber sua iluminação e sons, além da forma como cada item é exposto e uma série de outros fatores contribuem — se bem executados — para uma experiência de compra única e memorável.
Outro destaque, é que as lojas físicas não são mais consideradas apenas pontos de vendas, elas assumiram a posição de pontos de encontro e socialização, locais de educação do consumidor, de esclarecimento de dúvidas e compartilhamento de experiências e muito mais.
Além disso, funcionam como verdadeiros hubs de logística, sendo parte relevante na estratégia omnichannel de muitas empresas, na medida em que permitem que clientes que compram online possam retirar (ou devolver ou trocar) seus produtos na loja física de sua escolha. Também atuam como microcentros de distribuição descentralizados, o que viabiliza entregas mais rápidas, eficientes e baratas de produtos adquiridos online ou por telefone, por WhatsApp, venda direta ou outras formas.
“As lojas físicas seguem desempenhando um papel importante no varejo de hoje e, devem continuar assim por um bom tempo. Pelo menos enquanto nós, consumidores, continuarmos seres mais analógicos do que digitais. Ou seja: enquanto continuarmos humanos na nossa essência, por mais que façamos uso da tecnologia como ferramenta”, explica.
Fonte: SA+ Varejo