Batizada de Ame Go, loja inaugurada no Rio de Janeiro é equipada com tecnologia de visão computacional, que “enxerga” quais produtos os clientes pegaram
Por Victor Sena
Com o conceito “pegou, levou”, sem vendedores, sem fila e sem checkout, a loja tem produtos de primeira necessidade, como material de higiene, acessórios para celular e snacks. A loja será a primeira autônoma da companhia a operar em ambiente de alto fluxo.
Há dois anos a Americanas S.A. vem testando o modelo dentro de um condomínio e nos escritórios da empresa.
Dentro do espaço, são 32 câmeras que fazem uma biometria corporal do cliente que acabou de passar pela catraca com o aplicativo da Ame. Nas prateleiras, 242 balanças reconhecem quais produtos foram retirados.
O valor das compras é debitado do aplicativo logo após a saída do cliente da loja, que não precisa fazer checkout. Toda a tecnologia parte de uma parceria com a startup americana Zippin, especializada em modelos autônomos.
A empresa aposta que a tecnologia de computer vision deve ficar mais eficiente conforme os clientes começarem a fazer compras. Isso porque ela é baseada em deep learning, uma complexificação da inteligência artificial que permite que a tecnologia “aprenda” com o tempo.
O momento também não é o de abrir mais lojas. A Americanas pretende focar em apresentar essa tecnologia ao público para o consumidor brasileiro.
Nos Estados Unidos, a Amazon lançou em 2018 as lojas Amazon Go na cidade de Seattle, no estado de Washington, que funciona com tecnologia semelhante. Hoje, são 29 pelo país.
Tanto a ideia da Ame Go quanto da Amazon é de proporcionar experiências de compras sem fricção. Esse termo se refere a cada parada ou necessidade de ação exigido durante uma compra, que atrasam e interrompem o cliente durante a jornada.
Fonte: Exame