Empresa aposta na forte demanda por materiais de construção e no mercado potencial para digitalização das vendas do setor
Por Chiara Quintão
A Juntos Somos Mais aposta na forte demanda por materiais de construção e no mercado potencial para digitalização das vendas do setor. Com isso, a empresa da qual Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre são sócias projeta elevar seu faturamento em 40%, neste ano, ante 2020, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos R$ 100 milhões.
Conhecida pelo programa de fidelidade Juntos Somos +, a empresa possui também “marketplace” para lojistas comprarem materiais de construção da indústria. “No ano passado, o ‘marketplace’ movimentou R$ 7,4 bilhões. Neste ano, o valor ficará acima de R$ 8 bilhões”, disse ao Valor, Antonio Serrano, presidente da Juntos Somos Mais.
Nos últimos 12 meses, a empresa fez três aquisições relacionadas à digitalização do setor. A Juntos Somos Mais comprou a startup Triider, que conecta profissionais de construção e consumidores que pretendem realizar pequenas obras. Posteriormente, adquiriu a espanhola habitissimo, empresa que faz a ponte entre profissionais e consumidores no caso de obras maiores. Entre as duas operações, foi comprada fatia da startup Conecta Reforma, de execução de obras.
Mais uma aquisição deverá ser anunciada até o fim deste ano, de acordo com Serrano.
Em abril, Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau fizeram aportes de R$ 100 milhões na Juntos Somos Mais. Em avaliação, há outra rodada de investimentos, com valor que poderá chegar a R$ 500 milhões. Há possibilidade de a próxima capitalização contar também com investidor financeiro e estratégico.
Serrano ressalta que existe muito espaço para crescimento da digitalização do setor. O executivo compara que, na média do varejo brasileiro, “market places” e “e-commerce” respondem por 8% o total. Na construção civil, essa participação cai para 2%.
Para este ano, a estimativa do presidente da Juntos Somos Mais para o aumento do volume de negócios do varejo de materiais de construção é de 5% a 10%. Das indústrias que participam do programa de fidelidade, 60% esperam faturamento de 21% a 30% maior neste ano do que em 2020.
Fonte: Valor Econômico