Faturamento do setor cresceu 6,29% em fevereiro, com alta de 12,59% no número de títulos vendidos; segmento de ficção puxou o crescimento
Por João Luiz Rosa
As vendas de livros somaram R$ 172,14 milhões em quatro semanas, entre 1º e 28 de fevereiro, com aumento de 6,29% em relação a período semelhante do ano passado. O número de exemplares vendidos cresceu 18,69% e somou 3,77 milhões de unidades. O preço médio caiu 10,45%, para R$ 45,65.
Os dados fazem parte do Painel de Varejo e Livros no Brasil, pesquisa feita pela Nielsen e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).
O levantamento sugere que, com o isolamento social, o consumidor passou a buscar nos livros uma opção de entretenimento viável. O número de ISBNs – que reflete a quantidade de títulos lançados – aumentou 12,59% em relação a 2020, o que indica maior variedade por parte das editoras.
Outro sinal desse movimento é que, considerando as vendas desde o início de janeiro, as obras de ficção tiveram aumento de 34,5% em valor (R$ 77 milhões) e 41% em volume (2,1 milhões de unidades), desempenho muito superior ao da média do setor, que no total cresceu 10,43% em receita (R$ 378,48 milhões) e 19,02% em volume (8 milhões de exemplares).
Em contrapartida, com boa parte dos estudantes em casa, as vendas de livros educacionais fizeram a receita desse segmento, que também inclui obras infantis e juvenis, cair 11,4% (R$ 107 milhões), embora o volume tenha aumentado 4,4% (2,03 milhões de exemplares). A categoria “não ficção especialista”, de livros técnicos, universitários e de negócios, cresceu 26,8% em receita (R$ 108 milhões) e 26,7% em volume (1,69 milhão de unidades) e a de “não ficção trade, de obras de caráter geral, aumentou 8,9% em receita (R$ 85 milhões) e 12,1% em volume (2,21 milhões de livros).
Fonte: Valor Econômico