A Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) passaram a régua e fecharam os números do Painel do Varejo de Livros no Brasil referentes ao ano passado. De janeiro a dezembro, o instituto de pesquisa registrou a venda de 41.907.485 exemplares, pouco mais de 363 mil cópias a mais do que 2019, o que representa um ligeiro crescimento 0,87% nessa base de comparação. Em valor, no entanto, o varejo apresentou queda nominal – não considerando a inflação no período, que, segundo o IPCA foi de 4,23% – de 0,48%. As livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento que fazem parte do rol de varejistas parceiras da Nielsen fecharam o ano com faturamento de R$ 1,74 bilhão apurado com a venda de livros.
Os números positivos de dezembro colaboraram com esse fechamento. O último Painel do ano – referente ao período de 30 de novembro a 27 de dezembro – registrou a venda de 4,97 milhões de cópias – 7,6% a mais do que o verificado em 2019 – e o faturamento de R$ 197,8 milhões, crescimento de 4,98% frente a 2019.
Pela sua metodologia, o Painel não informa em quais canais essas vendas ocorreram, mas fontes ouvidas pelo PN – tanto editores quanto livreiros – são unânimes em apontar que boa parte dessas vendas aconteceu em ambientes digitais e que as livrarias exclusivamente virtuais – como Amazon e Submarino – ganharam musculatura no ano que passou.
Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, festejou os números: “O brasileiro voltou a ler, e as editoras apresentaram lançamentos importantes no final de 2020. Tivemos ainda a inauguração de um número recorde de novas livrarias no último trimestre do ano, e este movimento tende a continuar este ano”.
O mesmo tom de otimismo é dado por Ismael Borges, gestor da ferramenta Bookscan no Brasil: “um ano maculado por notícias negativas, enfim, nos vem a agradável notícia de que recuperamos totalmente as perdas geradas pela quarentena. Um fator a ser fortemente comemorado pelo setor”.
Fonte: PublishNews