A nova edição da Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada em parceria com a consultoria EY, aponta queda no índice de 1,38% (2018) para 1,36% (2019). As perdas chegaram a R$ 2,44 bilhões, valor que formaria a quinta maior rede de farmácia em faturamento do país – de acordo com o ranking da Abrafarma. A pesquisa foi apresentada no Fórum Abrappe de Prevenção de Perdas, que ocorreu nesta quinta-feira, dia 24.
Embora a diferença entre 2018 e 2019 tenha sido pequena, alguns setores do varejo tiveram uma variação maior, como o de drogarias. O segmento saltou de 0,85% de perdas em 2015 para 1,13% em 2017 e 1,23% de perda total em 2019. Do total de perdas não identificadas, 89% ocorrem nas lojas e 11% nos centros de distribuição.
As quebras operacionais estão entre as maiores causas (36%), principalmente em função de produto danificado pelo cliente (23%), vencimento (22%) e armazenamento inadequado (10%). Furtos externos (24%) e internos (13%) também estão entre os principais agentes causadores de perdas.
“Geralmente, o setor de drogarias é um dos mais sensíveis a práticas criminosas por causa da cobiça em torno de produtos como perfumes e maquiagens, entre outros. É fundamental que o varejo farma direcione mais esforços e recursos para tecnologias que aprimorem o monitoramento de pessoas no PDV e automatizem o estoque”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
Índices devem seguir em queda
A pesquisa revelou que os meses de pandemia vivenciados em 2020 vão influenciar o varejo nacional nos próximos anos. Uma enquete realizada entre as empresas associadas da Abrappe apontou que 85% dos varejistas esperam uma redução nos percentuais de perdas em 2020.
Segundo Santos, no começo da quarentena percebeu-se um aumento do fluxo de clientes e, também, do tíquete médio. Com o passar dos meses, o fluxo começou a reduzir, mas o tíquete se manteve alto e proporcionou um melhor giro dos estoques.
“Para completar, as medidas que foram tomadas para controlar a propagação da Covid-19 como controle de acesso às lojas com medição de temperatura, fechamento de saídas e o menor número de clientes dentro dos estabelecimentos, contribuem para diminuir uma das principais causas de perda, que é o furto”, finaliza o executivo.
Fonte: Panorama Farmacêutico