Estudo exclusivo SBVC mostra forte aumento do número de varejistas que já possuem iniciativas digitais estratégicas. Mesmo antes da crise provocada pelo coronavírus, o varejo brasileiro já vinha abraçando a transformação digital. De acordo com a 2ª edição do estudo Transformação Digital no Varejo Brasileiro, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o OasisLab, 38% dos varejistas já possuem iniciativas formais para investimentos estratégicos digitais em pessoas, processos e tecnologias, um aumento de 65% em relação à edição anterior do levantamento, realizado em 2019.
No back office, o principal resultado positivo dos investimentos em transformação digital tem sido o aumento das vendas, citado por 92% dos entrevistados (62% tinham impulsionado seu faturamento por meio da transformação digital na edição anterior do estudo). Em média, 0,39% do faturamento bruto do varejo é investido em iniciativas de transformação digital e uma das principais medidas de transformação é a adoção do home office, adotado por 62% dos varejistas entrevistados. Um reflexo claro da mudança de prioridades em um momento em que grande parte do varejo precisou baixar as portas (o levantamento foi realizado entre 09/03 e 02/04).
No front office, o estudo mostra que a realização de parcerias com startups para melhorar o atendimento ao consumidor saltou de 20% para 39% das empresas e que as soluções de pagamento são a principal ferramenta digital usada no relacionamento com os clientes, adotada por 83% dos entrevistados. O estudo também indica que o varejo passou a observar uma maior vantagem competitiva por meio de seus investimentos em transformação digital, além de reduzirem custos e melhorarem a experiência do consumidor.
“O momento atual é de intensa mudança cultural nas empresas e no perfil dos líderes de varejo. Ele vem mostrando a todos que, apesar de vivermos tempos difíceis, o uso de tecnologias, dados, e-commerce e gestão de pessoas por meio de recursos digitais não somente é possível, como deve ser adotado rapidamente pelo setor”, analisa Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Para o executivo, o varejo tem tido que fazer “cinco anos em cinco meses”. “Questões culturais que impediam a transformação digital das empresas caíram por terra nesta crise. Estamos todos precisando ser muito ágeis, trabalhar em squads, times horizontais, atuar remotamente e usar tecnologia para vencer os desafios e continuar operando”, explica Terra.
Segundo ele, o estudo mostra que a transformação digital, para acontecer, deve estar atrelada a um plano estratégico consistente. “O digital é um meio, e não o fim. A transformação deve ser vista como uma forma de melhorar a produtividade da empresa, otimizar e agilizar a cadeia produtiva, simplificar processos e entregar mais valor para o consumidor final”, analisa o presidente da SBVC.
Confira a íntegra do estudo AQUI.
Fonte: Redação SBVC