Saber o que você quer é a melhor estratégia para quem gerencia uma loja virtual, física ou vende por meio de marketplaces. “Se eu não sei para onde eu quero ir, qualquer caminho serve, como diria a frase do filme Alice no País das Maravilhas”, disse Carlos Alves, Head de E-commerce, das Lojas Riachuelo durante a Conferência E-Commerce Brasil RIO 2018.
Para ele, o marketplace pode ser um canal importante para testar produtos e desenvolver estratégias de branding. “Neste caso o branding não significa que o consumidor vai conhecer sua marca, mas criar uma estratégia de mix de produtos”, reforçou.
Apesar disso, Carlos diz que ter clareza do posicionamento da empresa e do público-alvo a ser atingido e contratar parceiros que fazem sentido para um negócio é essencial para ter sucesso. “Se você estiver em todos os marketplaces o nível de dificuldade aumentará”, alertou.
Outro segredo, segundo ele, é estipular regras e políticas comerciais como preços, comissionamentos e margens. “Não entregue o produto de graça, porque o cliente vai comprar e você não vai ter fôlego para pagar”, disse Carlos.
Os marketplaces estão buscando novas tecnologias que diminuam a necessidade dos vendedores entrarem em contato com suas plataformas. “Pessoas capacitadas são fundamentais. Estruture o suporte e programas de capacitação oferecidos ao canal”, afirmou.
Elabore e implemente ações de comunicação e promocionais
Estruturar ações de comunicação com produtos que tenham relevância, profundidade de estoque e preço, são dicas importantes para quem quer conquistar a atenção de um marketplace. “Quando eu era lojista eu duvidava que o marketplace gastava dinheiro para promover a minha loja e hoje posso dizer, sim, gasta-se dinheiro com isso”, afirmou.
Estruture o modelo financeiro do negócio, confira a viabilidade e a sustentabilidade dos canais de vendas
Carlos ressalta que é importante cuidar do negócio e não acreditar que você vai conseguir divulgar a sua marca dentro de um marketplace, “Tenha em mente que você está ali para vender um produto e não fique dependente do marketplace”, disse. Além disso, ter documentos jurídicos bem claros e alinhados com os parceiros dos canais ajuda na hora de precisar resolver algum problema. “Fiquem de olho nas atualizações de contrato”, disse.
Estar no marketplace é interessante, tem muita oportunidade de venda, a indústria vai entrar cada vez mais e isso não vai mudar. “Aprenda a conviver com isso. Tem espaço para o pequeno”, disse. Ele citou ainda algumas ondas que estão por vir: as empresas (principalmente as que são online e offline) estão transformando seus espaços em pequenos centros de distribuição. “Esteja em um ou dois marketplaces, mas esteja organizado, estruturado, preparado para enfrentar a concorrência, a entrega. Cada vez mais os marketplaces vão olhar para esses pontos”, finalizou.
Fonte: E-Commerce Brasil