O presidente do Carrefour Brasil, Noel Prioux, considera que operações de franquias são uma possibilidade para o grupo no País. A jornalistas em São Paulo, ele não deu um prazo para que esse modelo de negócios seja iniciado, mas afirmou que a companhia deve acelerar essa proposta.
Prioux afirmou que o grupo Carrefour é um forte operador de franquias no mundo. Na França, o modelo é representativo sobretudo no segmento de lojas de proximidade, o qual tem 95% da base de lojas funcionando por meio de franquias.
No Brasil, o Carrefour tem no modelo de proximidade a rede de minimercados Carrefour Express. Prioux citou as franquias como parte de um esforço da empresa de estar mais aberta a parcerias.
Na França, o Carrefour firmou um acordo com a Fnac para compras conjuntas de eletrônicos e eletrodomésticos. A parceria não vale para o Brasil, mas Prioux considerou que já há potenciais parceiros identificados no Brasil. Esse tipo de acordo tem sido visto como estratégico na França e o executivo disse que as estratégias adotadas lá também valem para o Brasil.
Prioux se mostrou ainda aberto a negociações de fusões e aquisições. Questionado sobre o assunto, ele respondeu: “Não tenho barreira mental”.
O Carrefour tem dito que avalia oportunidades de aquisição de supermercados e também de empresas na área de tecnologia.
Prioux respondeu ainda a questionamento sobre se a companhia avalia a aquisição de ativos do Walmart.
O executivo disse não poder responder sobre o tema, mas fez uma crítica. Avaliou que não está claro para o mercado qual a visão do Walmart para os ativos no Brasil.
E-commerce alimentar
O Carrefour colocou como uma de suas metas liderar o comércio eletrônico de alimentos no Brasil. A expansão no negócio, no entanto, deve ser gradual, segundo o presidente do Carrefour Brasil, Noel Prioux. A jornalistas em São Paulo ele disse que a companhia quer consolidar a operação na capital paulista antes de ir a outras cidades.
Lançado em outubro passado, o e-commerce de alimentos do Carrefour começou atendendo apenas algumas regiões da capital e hoje já pode atender a pedidos de toda a cidade. As entregas são feitas a partir de uma “dark store”, antiga loja da companhia localizada na zona sul da cidade transformada num ponto de distribuição.
Segundo Prioux, o Carrefour deve abrir novas “dark store” conforme aumente a demanda pela compra de alimentos por internet. A vantagem desse tipo de estratégia de distribuição é a utilização de ativos já existentes. A companhia poderá usar no futuro os próprios hipermercados como “dark stores”.
Já nas vendas de outros bens que não são alimentos, o Carrefour destacou que a estratégia para o e-commerce envolve aumentar o marketplace. Nesse modelo de negócios, outros comerciantes pagam uma comissão para negociar produtos no site da companhia.
Atualmente, 10% das vendas brutas de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) são feitas por meio do marketplace. Até janeiro, a companhia tinha 84 vendedores comercializando produtos em seu site e a meta é chegar a 540 até o final do ano.
O e-commerce de não alimentos do Carrefour registrou R$ 840 milhões em GMV em 2017.
Fonte: IstoÉ Dinheiro