Com a inflação abaixo do teto da meta e o crescimento do PIB (ainda que tímido), o varejo eletrônico tem perspectivas otimistas para 2018. “O perfil de renda do consumidor brasileiro aumentou, impulsionado pelo consumo de produtos como smartphones. Outro dado interessante foi a queda da participação da região sudeste, influenciada pela questão do Rio de Janeiro”, disse André Dias, Executive Director do E-bit. O E-bit estima que mais de 55 milhões de consumidores brasileiros fizeram pelo menos uma compra virtual no ano passado, alta de 15% ante 2016. Em 2018, a Ebit estima mais de 60 milhões de compradores virtuais. Veja outros destaques da pesquisa:
Copa do mundo e eleições: a Copa do Mundo deve impactar positivamente a venda de produtos, como televisores, bebidas e artigos esportivos. “Notamos que na última Copa, cerca de 18-20% houve um crescimento nas vendas online de eletrônicos, fenômeno que deve se repetir este ano”, disse Dias. Sobre as eleições, Pedro Guasti, CEO do E-bit disse que o cenário eleitoral e os candidatos que despontarem podem influenciar o “humor” do mercado (e dos empresários). “Isso também pode impactar os consumidores de alguma forma”, disse Guasti.
Cross Border: 22,4 milhões de brasileiros fizeram compras em sites internacionais e gastaram, em média, US$ 36,8 (cerca de R$ 117,8). Praticamente 41% dos consumidores virtuais compraram em sites do exterior. Aliexpress lidera como site preferido dos brasileiros. 41% afirmaram não ter pago frete na última compra e 56% disseram não ter pago imposto.
Empoderadas: As mulheres lideraram compras no e-commerce em 2017 e fizeram 1,4 milhão de pedidos a mais que os homens. “o crescimento é muito impulsionado pela categoria líder em vendas que é moda e acessórios”, disse André Dias, Executive Director do E-bit.
Sem parcelas: Praticamente metade das compras feitas no comércio eletrônico em 2017 foi paga à vista, apesar da importância do uso do cartão de crédito como o maior agente financiador de compras. “O consumidor não quer mais se endividar, por isso optou pelo pagamento à vista”, explicou Dias.
Marketplace: Pela primeira vez, o E-bit lançou dados sobre marketplaces. Impulsionado pela expansão do Mercado Livre, o faturamento proveniente das vendas dentro destas plataformas, incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões em 2017, alta de 21,9%.
Na liderança: Smartphones/celulares ultrapassaram os eletrodomésticos, sendo a categoria mais vendida no e-commerce em 2017 em volume de faturamento. Destaque também para alimentos e bebidas, que entram pela primeira vez no ranking das dez principais categorias do e-commerce.
Frete grátis: varejistas aumentaram a oferta de frete grátis nas compras on-line. Entre o 4T16 e o 4T17 houve um aumento de 6 pontos percentuais (36% para 42%), influenciado pelo incentivo ao uso de aplicativos e à retirada de produtos em lojas físicas. “Vimos a volta do frete grátis no e-commerce brasileiro”, disse Dias.
Fonte: E-Commerce Brasil