Rohan Oza é especialista em catapultar produtos inovadores desconhecidos e transformá-los em campeões de vendas, usando celebridades em campanhas bem-humoradas. Nascido em Zâmbia, ele cresceu no Reino Unido e depois mudou-se para os Estados Unidos. Chegou a postos executivos no marketing da Coca-Cola, e saiu para se tornar sócio da então desconhecida empresa de bebidas Glacéau, fabricante da Vitaminwater. Depois de fazer campanhas com o rapper 50 Cent e a atriz Jennifer Aniston, ele consolidou a água vitaminada como um produto desejado. No fim, a empresa foi vendida à própria Coca-Cola por US$ 4,1 bilhões.
Oza é cofundador da empresa de venture capital CAVU e se tornou uma espécie de celebridade também, com participação no programa de TV Shark Tank. Ele foi responsável por fazer a palestra de abertura da 58a Convenção Anual da IFA (International Franchise Association) e falou sobre a inovação disruptiva. “Isso acontece em todos os níveis do mercado. Se você não se adaptar e não for disruptivo, vai morrer”, disse.
Comidas e bebidas, por exemplo, precisam conter os ingredientes do momento: proteína, plantas (no sentido de proporcionar uma dieta baseada em vegetais), probióticos e gorduras boas (daí o sucesso do abacate). No setor de beleza, a última moda são os salões especializados em escova ou em permanente de cílios. O segmento de fitness está aquecido pelas academias do tipo butique, especializadas em aulas de spinning ou ioga. Em saúde, a tendência é a tecnologia que permite ao usuário ter controle da sua saúde – wearables como os relógios inteligentes ajudam a pessoa a monitorar seus sinais vitais e procurar o médico quando a necessidade surge.
Oza listou quatro “mantras” para quem quer inovar de maneira disruptiva – e ficar à frente do mercado:
1. Tudo é nicho – até que não seja mais
A Vitaminwater era um produto bem-recebido por um público muito específico: alguns hipsters de Nova York e consumidores da Califórnia. Para todos os outros, era uma bebida medicinal. Oza contratou celebridades para participar de campanhas inusitadas (o rapper 50 Cent, por exemplo, tomava a água e regia uma orquestra sinfônica) e, assim, levou a marca à exposição nacional. Franqueadores, segundo Oza, começam sua rede com uma unidade. Mas aqueles que sabem definir sua visão e desafiar a norma conseguem transformar-se em grandes negócios.
2. É preciso influenciar os influenciadores
Não são só os famosos das redes sociais que influenciam pessoas. Pessoas da comunidade local, como treinadores, nutricionistas e mães, têm opiniões que são seguidas por seus amigos, vizinhos e familiares. Elas precisam gostar da sua marca – e espalhar esse gosto por aí.
3. Vale criar e cultivar a cultura
Para Oza, é necessário transmitir a cultura da empresa ativamente. Isso envolve elementos como senso de comunidade, bom humor, confiança, paixão e resultados. “No caso das franquias, isso é uma via de mão dupla entre franqueador e franqueado”, diz o investidor.
4. A marca deve ser vivida
Os criadores de produtos inovadores precisam promover suas invenções o tempo todo, nem que isso signifique usar fantasias ou viajar com os itens e distribuí-los para todos os influenciadores que ele encontrar pelo caminho. É dessa maneira que eles vão transmitir os benefícios do produto ao potencial consumidor.
Fonte: PEGN