Maior rede de eletrônicos do país, a Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) tem plano para transformar de 200 a 220 lojas físicas em pequenos galpões, com área maior no ponto para armazenagem que possibilite uma entrega mais rápida de produtos para clientes que compram on-line. Os pontos de venda adaptados continuarão a atender o consumidor.
O ajuste envolve cerca de um a cada cinco pontos do grupo, com pouco menos de mil lojas.
A informação consta em relatório do Credit Suisse, publicado após encontro com a Via Varejo e foi confirmada pela empresa ao Valor. A empresa não menciona prazo para as mudanças porque esse número faz parte de um mapeamento das unidades que podem ser adaptadas.
Desde 2017, a companhia vem num trabalho para melhorar nível de serviço da operação de comércio eletrônico, após queda nesses indicadores entre 2015 e 2016, o que afetou a competitividade do negócio. O grupo tem informado que, após a integração da operação física e on-line (iniciada em 2016), o nível de serviço (prazo de entrega, indíce de rupturas) melhorou.
O ajuste da área das lojas, para a instalação de “mini-hubs” (como estão sendo chamados esses pequenos galpões), também serve como apoio especialmente para o sistema de compra pela internet e retirada de produtos na loja, que tem menor custo operacional para a empresa do que a entrega direta na casa do cliente. Cerca de 70% dos produtos que a empresa entende como elegíveis para o modelo de compra on-line e retirada em loja já estão alocados nas unidades e 30% nos centros de distribuição.
O Magazine Luiza anunciou projeto semelhante de transformação de parte das lojas em hubs. Em dezembro, o comando da varejista disse que começa a expandir, no início deste ano, um modelo de lojas com minicentros de distribuição. Todas as lojas devem passar por uma mudança com aumento da área de armazenagem. Essa área é de 15% hoje e deve dobrar para 30% com redução da área de caixas.
Fonte: Valor Econômico