Olhando o copo meio vazio vemos que, entre as 500 maiores redes de supermercados do País, apenas 6% possuem e-commerce, apesar das evidências de que pode ser um bom negócio. Afinal, o brasileiro enfrenta falta de tempo e excesso de trânsito, e avançou no uso de tecnologias ligadas à internet.
Por outro lado, o brasileiro ainda resiste à compra de alimentos online. Uma pesquisa feita pelo site de compras programadas Superlist.com mostra que 69% dos brasileiros encaram a compra de supermercado como uma rotina e não veem problema algum em fazê-la.
Também a maioria dos entrevistados (52,2%) tem prazer em ir à loja física, embora uma minoria (12%) declare que não sente satisfação em empurrar carrinho e estaria disposta a se abastecer no comércio online. Enquanto isto, o varejista em geral, entende que a expansão física é mais segura e gera melhor resultado.
Olhando o copo meio cheio:
A ABRAS divulgou a edição mais recente de seu ranking anual de supermercados, onde evidenciamos na figura acima as principais variações dos 20 maiores supermercadistas de 2016 em taxa de crescimento.
Destes 20 supermercados, temos 10 empresas (50%) que possuem eCommerce, mencionados a seguir na ordem em que aparecem no Ranking, de acordo com sua taxa de crescimento: Grupo Pereira, Irmãos Muffato, GPA, Savegnago, Carrefour, Zona Sul, Sonda Supermercados, Coop, Angeloni, e Walmart.
Se olharmos o faturamento de 2016 do EPA Supermercados de R$3.106.576.000, que não possui canal online e projetássemos um faturamento adicional oriundo do canal de eCommerce que correspondesse a R$12.476.209, ou seja apenas 0,4% do faturamento total real somado ao faturamento online projetado, teríamos o EPA supermercados saltando da 8ª posição para a 6ª posição no ranking da ABRAS.
Dos supermercados com canal online, 03 (30%) possuem plataforma VTEX, outros 03 (30%) possuem plataforma própria e outros 04 supermercados possuem 04 diferentes soluções de mercado, que juntas totalizam 40%. Isto significa que existem soluções preparadas para atender este segmento e que alguns supermercados investem em soluções próprias, ou seja, o canal online faz parte de sua estratégia.
Em suma, podemos olhar o copo meio vazio e entender que não faz sentido adotar e-commerce no varejo alimentar, uma vez que apenas 6% possuem e-commerce, ou olhar o copo meio cheio e perceber que 50% dos supermercados que mais cresceram, utilizam-se deste canal para complementar o faturamento total da empresa.
Fonte: E-Commerce Brasil