O setor de varejo nos EUA vem passando por mudanças, com grandes redes com lojas físicas caindo no ostracismo — e suas ações se desvalorizando por tabela —, enquanto o e-commerce ganha espaço. Quem tem faturado com esse movimento é a Amazon, cujo valor de mercado chegou a quase US$ 408 bilhões — quase o dobro dos US$ 214,1 bilhões do Walmart.
Pioneira nas vendas on-line, a Amazon foi ganhando projeção e espaço na vida e nas compras em todo o mundo. Enquanto no Brasil a atuação da empresa ainda é limitada ao mercado literário e à venda de Kindles — aparelho para leitura de livros eletrônicos —, no exterior, ela oferece muito mais opções: de itens de supermercado a roupas íntimas e câmeras fotográficas. Já rolou até parceria para vender carro.
O Walmart não é a única varejista tradicional deixada para trás pela empresa de Jeff Bezos. Ela também faz com que pareçam ainda menores os valores de mercado bilionários de Macy’s (US$ 7,626 bilhões), Target (US$ 30,325 bilhões), JC Penney (US$ 1,1893 bilhão) e da L. Brands, controladora da Victoria’s Secrets (US$ 14,295 bilhões).
A discrepância fica ainda maior quando se compara o valor da Amazon contra os US$ 848,774 milhões da Sears. E, dentro da área original de atuação da Amazon, os livros, a icônica livraria Barnes & Noble também fica distante, com seus US$ 641,343 milhões de valor de mercado.
De carros a roupas íntimas
E a Amazon parece querer se tornar onipresente: já lançou celular próprio (o Fire Phone, sem grande sucesso); uma assistente virtual (Alexa); um sistema em que basta apertar um botão para comprar determinado produto para a casa (que é entregue no endereço cadastrado no site da empresa).
Mas ela está longe de ser uma unanimidade. Na Europa, a Amazon é alvo de investigação sobre os contratos que firma com editoras a respeito de preços de e-books. Naquele continente, a empresa registrava seus lucros em Luxemburgo, um paraíso fiscal, o que permitia pagar menos impostos. Só em 2015 a companhia mudou suas práticas.
Fonte: Época Negócios