Filas e falta de competitividade são as principais razões para o shopper não frequentar uma loja, independentemente do formato, segundo estudo divulgado recentemente pela Kantar Worldpanel, com dados do primeiro semestre de 2016. No hipermercado, o segundo fator de rejeição é sujeira, enquanto no atacarejo é ruptura. Já nos supermercados e no varejo tradicional, essa posição é ocupada por experiência ruim na loja (serviço, lotação, bagunça).
Apesar da crise econômica, o primeiro motivo que leva o brasileiro a escolher um estabelecimento não é preço. Os atributos variam conforme o formato e, portanto, a “missão” do shopper com aquela compra (abastecimento, reposição etc). Tanto no hipermercado quanto no cash & carry o estacionamento é a fator mais citado devido às compras serem maiores. Na sequência, vêm sortimento (nos hiper) e preço, no caso do atacarejo.
Marca é a primeira razão para o shopper escolher uma loja de supermercado, enquanto num varejo tradicional prevalece a confiança. Em ambos, o segundo critério de escolha é o estacionamento. Convém lembrar que esses são formatos voltados principalmente à compra de conveniência.
O estudo da Kantar Worlpanel também identificou que algumas categorias estão presentes na cesta do shopper em mais de uma missão de compra. A cerveja, por exemplo, está mais presente quando o objetivo do consumidor é reposição. Nesse caso, a penetração da categoria é de 48,5%. Na compra de abastecimento, a bebida está presente em 41,4% dos casos, na de proximidade em 35,3% e, quando há uma necessidade específica, 6,8%.
Presença das categorias nas diferentes missões de compra (% de penetração)
Objetivo da compra |
Cerveja | Biscoito | Shampoo | Sabão em pó |
Abastecimento |
41,4% | 94,2% | 70,6% |
91,7% |
Reposição |
48,5% | 93,8% | 63,1% |
82,4% |
Necessidade específica |
6,8% | 19,1% | 2,6% |
4,3% |
Proximidade | 35,3% | 65,6% | 39,7% |
39,0% |