Uma das 10 maiores redes supermercadistas do Brasil, a paranaense Condor abre as portas nesta quarta-feira em Joinville, em seu primeiro investimento fora do Paraná desde a fundação, em 1974.
A unidade no bairro Bucarein, na região central, vai atender a um público amplo, das classes A,B e C. Para isso, o projeto prevê 40 mil itens, 800 vagas de estacionamento (para rotatividade de 8 mil veículos por dia) e galeria com 61 lojas.
O novo hipermercado de Joinville é responsável por 450 empregos diretos, cujo processo de seleção foi realizado nos primeiros meses do ano.
O grupo investiu R$ 50 milhões de recursos próprios e não se assusta com a crise. O fundador e presidente da rede, Pedro Joanir Zonta, diz que o empreendimento está dimensionado para o momento atual e espera mudanças positivas na economia em seis meses.
A loja de Joinville estima receber 100 mil clientes por mês e contribuir com 3% do faturamento do grupo. Em 10 anos, a rede espera receber o retorno do investimento, o tempo médio de outras unidades.
Em conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira, Zonta preferiu não falar da concorrência, mas ao ser questionado sobre guerra de preços, respondeu:
— A guerra de preços é normal, mas não vamos atacar concorrentes, vamos dar uma opção a mais para o consumidor.
Por que Joinville
Depois de décadas atuando somente no Paraná, as pesquisas da rede nos últimos anos destacaram o potencial do mercado vizinho. Contaram a favor de Joinville a proximidade de Curitiba, facilitando o processo logístico, o fato de muitos moradores da cidade conhecerem a rede e de Joinville ser a terceira maior cidade do Sul do Brasil.
A Condor avalia novos investimentos em Joinville, contudo, quer primeiro ver como será a recepção do mercado. Para esta primeira loja, as sondagens começaram em 2011. O diretor de patrimônio, Aliceu Brambilla, diz que a instalação dentro do shopping Mueller foi cogitada, porém, o negócio se mostrou mais viável fora do ambiente de shopping, utilizando o conceito de hipercentro, com vários serviços agregados.
O imóvel foi adquirido em 2012 e longos estudos aconteceram desde então, o principal deles em relação ao solo, pois no passado a área abrigava uma empresa metalúrgica. O alvará de construção foi concedido em 2015.