São Paulo. O Bradesco espera que sua carteira de crédito imobiliário cresça perto dos 20% neste ano e não vê problema no funding, ainda que pese uma fuga de depósitos da poupança em meio ao juros e inflação elevados, para suportar a expansão desta linha. Apesar disso, a expansão esperada é mais tímida que os mais de 30% vistos na pessoa física no ano passado e o saldo da caderneta teve queda no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores.
“Temos bom funding poupança e um crescimento adequado para suportar o crescimento no imobiliário. Não mexemos nas condições Financiamos até 80% do valor do imóvel em um prazo de até 30 anos”, justifica Angelotti, em vídeo-release à imprensa.
No primeiro trimestre, a expansão da carteira de crédito imobiliário do Bradesco já foi um pouco menor. A linha, considerando os empréstimos para a pessoa física, teve alta de 29,3% em um ano e 4,8% em relação ao trimestre anterior, totalizando cerca de R$ 18,8 bilhões. Já os depósitos de poupança tiveram leve queda de 0,4% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, para R$ 91,7 bilhões. Em um ano, subiram 11,7%.
Poupança compromete
O desempenho da poupança tem comprometido um maior crescimento dos bancos no crédito imobiliário. Em abril, os saques chegaram a R$ 5,851 bilhões, o pior mês em 20 anos, segundo o Banco Central.
Os bancos têm de destinar, segundo o BC, no mínimo 65% dos depósitos da caderneta para o segmento. Do total, 80% têm de ser destinados para imóveis na linha do SFH e o restante para operações com taxas de mercado Os outros 35% dos depósitos dividem-se em 20% para compulsório, remunerado por Selic, e 10% adicional, com remuneração pela Taxa Referencial, e 5% livre para os bancos.
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