14/01/2015
Painel no NRF Big Show mostra que a indústria de shopping centers continua forte em todo o mundo
Uma das sessões do NRF Big Show mostrou que pode haver pânico com a decadência de shopping centers nos Estados Unidos, mas, no mundo, a situação é bem diferente. O painel À La Mode Por que o setor de shopping centers está prosperando ao redor do mundo mostrou que em mercados emergentes o segmento continua em forte expansão e mesmo nos Estados Unidos há espaço para crescer.
O painel reuniu Jorge Lizan, consultor e ex-VP do International Council of Shopping Centers; Andrew Darrow, VP Executivo de negócios globais da KidZania; Matthew Winn, COO da incorporadora Cushman & Wakefield; William Taubman, COO da Taubman Centers; e David Zoba, VP Senior de real estate global da Gap.
Todos eles apontaram alternativas para escapar da espiral negativa dos modelos tradicionais de shopping centers nos Estados Unidos. Darrow, da KidZania, por exemplo, mostrou como sua marca de parques temáticos baseados em profissões cria experiências imersivas, gerando mais de 31 milhões de visitantes em suas 16 localidades em 12 países (incluindo o Brasil, onde entrou no ano passado).
Não apenas temos sucesso, como geramos clientes para outros negócios, uma vez que os pais aproveitam o tempo em que as crianças brincam para fazer compras, comer e ir ao cinema, afirma. Já a Taubman, que conta com um portfólio de shopping centers de médio e grande portes voltados ao público classe A nos Estados Unidos e é o líder em produtividade por metro quadrado no país, vai bem no mercado natal e vem ensaiando seus primeiros passos na China, onde as lojas de departamentos são os grandes destinos de visitação dos clientes.
Já Matthew Winn, da Cushman & Wakefield, presente em 13 países de cinco continentes, acredita na desconsolidação do setor, com menos grandes operadores mundiais e mais operadores especializados, com mais capacidade de entender as particularidades de cada mercado e segmento.
Para a Gap, a China é o novo Eldorado. É um mercado muito dinâmico, mas no qual as apostas são arriscadas. No país, foram construídos 350 shoppings no ano passado, contra apenas 100 nos Estados Unidos. Os shoppings são um conceito novo no mercado chinês, e por isso a receita para o sucesso não é clara. Por outro lado, eles têm uma capacidade enorme de copiar conceitos e melhorá-los. A mesma coisa aconetcerá no varejo, acredita David Zoba.
Revista No Varejo on-line – SP