Trends NOVAREJO apresentou as principais tendências e caminhos para o varejo de hoje e de amanhã
O que grandes eventos internacionais, como Cannes Lion, Money 20/20 e SXSW ensinam ao varejo? Muita coisa: da transformação da comunicação com os consumidores, ao fim do pagamento ao impacto de tecnologias na experiência.
Em apresentação no Trends NOVAREJO, evento realizado nesta manhã (30), em São Paulo, e que reuniu as principais tendências e temas relevantes para o varejo vistos em diversos eventos, Jacques Meir, diretor de Conhecimento e Plataformas de Conteúdo do Grupo Padrão, falou sobre as lições que esses grandes encontros ensinam para o varejo brasileiro de agora e do futuro.
1. Sem fronteiras
Em Cannes Lion, o que se viu foi a intenção de maior investimento em tecnologias como robótica, internet das coisas e inteligência artificial. Elas vão redesenhar os limites do setor. “As empresas estão criando mercados em função disso”, afirma Meir. Um exemplo é o Google, que está com projeto de explorar a Lua em dois anos e criou, assim, um mercado de US$ 30 bilhões.
2. Experiências radicais mudam tudo
O famoso festival francês também reforçou a importância da experiência do consumidor e isso envolve engajamento.
3. Celebs: uma ferramenta de engajamento
Kim Kardashian tem 65 milhões de seguidores no Instagram – o número representa mais do que a população de muitos países. E cada post da celebridade gera um impacto forte e alto engajamento. As marcas que já perceberam o peso das celebridades na comunicação ficam à frente.
4. De olho na cultura
“Cultura é fundamental: todo mundo precisa ficar de olho no que acontece no âmago cultural, porque isso serve como matéria prima para trabalhar com modismos que muda o que você tem pra vender”, afirma Meir. Movimentos culturais, diz, ajudam a criar novos modelos de negócios, novos produtos e mudam a forma de comunicação.
5. Co-criação
Os consumidores hoje querem recriar e fazer parte dos negócios das empresas. “Chame-os para participar, pense em criar uma loja junto com os clientes, dê a eles um sentido para que eles façam parte do sistema”, avalia Meir. Para ele, ao abrir espaço para o consumidor participar da criação de modelos de negócios e produtos, as marcas dão sentido para eles.
6. Varejo relacional
Mais do que um ponto de venda, as marcas precisam oferecer um ponto de relacionamento e interação. “Apesar da necessidade de gerar caixa, o varejo substitui os espaços de transação para relacionamento, entretenimento”, diz Meir. A hora é de pensar quais os motivos que levam os consumidores para as lojas.
7. Dados, dados, dados
É irreversível: em qualquer ponto de contato com os consumidores, as marcas precisam preocupar-se em gerar dados deles e, mais, em como gerar informação a partir desses dados. O PDV deve ser um coletor de dados. A partir deles, as marcas precisam gerar experiências melhores e mais assertivas.
8. Inteligência artificial
Robôs já existem e eles vão provocar mudanças radicais na comunicação das marcas. “Consumir é um esforço e as novas gerações vão terceirizar esse esforço para a inteligência artificial”, afirma Meir. “E quando isso acontecer, como as marcas vão influenciar um consumidor que não precisa mais se preocupar como o que vai escolher?”, questiona.
9. O pagamento sumiu
As pessoas não querem perder tempo. E filas, senhas e espera não fazem mais sentido, principalmente para as novas gerações. Diante disso, muda também o modo como pagamos nossas compras. “As pessoas não querem ter o desprazer do pagamento, que é um momento sobre o qual você tem de refletir sobre a validade ou não da compra”, analisa Meir. A tendência agora é fazer “desaparecer” essa etapa na jornada de compra do consumidor – e a tecnologia é ferramenta pra isso.
10. Linguagens e decodificação
A linguagem tem poder e no varejo não é diferente. Agora, o varejo precisa mais do que nunca pensar qual linguagem o setor quer utilizar e quais códigos vai utilizar pra isso. “Cada loja tem um código, uma linguagem diferente, para diferentes consumidores e precisa se atentar a isso”, afirma Meir.