As vendas de materiais de construção no varejo em julho cresceram 8,5% na comparação com junho e mostraram alta de 4,0% frente a julho do ano passado. Apesar da melhora no mês, o setor acumula retração de 6,0% nas vendas no acumulado do ano e baixa de 4,0% em 12 meses.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta terça-feira (2) pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O estudo ouviu 530 lojistas de todas as regiões do País, entre os dias 26 e 30 de julho, e tem margem de erro de 4,3%.
A expectativa da associação é de que as vendas apresentem crescimento de 5,0% em 2016, resultado abaixo do projetado no fim do ano passado, quando foi anunciada a expectativa de crescimento na ordem de 6,0%. O varejo de material de construção fechou 2015 com retração de 5,8%, a primeira registrada pelo segmento nos últimos 12 anos.
“Continuamos firmes na expectativa de fecharmos 2016 com crescimento. Em mais de 30 anos, 2015 foi o primeiro ano que teve um segundo semestre com desempenho de vendas inferior ao primeiro”, afirmou em nota o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. “O frio também ajuda muito nas vendas, e o tempo seco prolongado faz com que as obras tenham um bom andamento”, completou.
O presidente da Anamaco estimou também que os preços dos materiais devem subir, uma vez que os estoques das varejistas estão baixos e os fabricantes estão em fase de ajustes nos preços. “As lojas ainda estão vendendo esses produtos, em média mais baratos do que em 2015. Porém, os estoques já estão baixos. Assim que forem repostos, esses preços devem mudar”, apontou.
A pesquisa da Anamaco também indicou que a região Sudeste foi a que mais se destacou no mês de julho, com 46% das lojas entrevistadas registrando aumento de vendas. No Nordeste, o índice foi de 36%, seguido de Centro-Oeste (33%) e Sul (28%).
De acordo com a pesquisa, as estimativas dos lojistas para agosto são positivas. Entre os entrevistados, 59% esperam crescimento das vendas em relação a julho.
O grau de otimismo sobre as ações do governo federal nos próximos 12 meses cresceu de 46% para 55% dos entrevistados. Já a intenção de contratar novos funcionários subiu de 13% para 15%. Cerca de 38% dos entrevistados também afirmaram que pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses.