A fabricação de produtos de marca própria é a aposta dos supermercados do Rio para manter o nível de vendas durante a crise econômica. Com preços mais acessíveis — em média, 40% mais baratos —, esses itens são mais uma alternativa para o consumidor que tenta economizar nas compras. Com a alta do dólar, a negociação com fornecedores também tem sido uma tática do varejo supermercadista, além do aumento da oferta de marcas e de promoções.
Segundo o presidente da Associação de Supermercados Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, essas medidas foram intensificadas nos últimos meses com o agravamento da retração da atividade econômica.
Em 2015, as vendas do setor fluminense totalizaram R$ 30 bilhões em faturamento. E em 2014, R$ 27 bilhões. “Os produtos de marca própria têm qualidade, pois os supermercados empregam a credibilidade de sua marca. Esses itens são em média 40% mais baratos” diz o executivo. Queiroz assumiu a entidade em agosto do ano passado, em substituição ao ex-presidente Aylton Fornari, que presidiu a entidade por 23 anos.
E a procura do item de marca própria tem aumentado. O Grupo Pão de Açúcar — responsável pelo Extra, Pão de Açúcar e Assaí — registrou alta de 12% nas vendas dos itens de fabricação própria da empresa em 2015 frente a 2014.
As marcas próprias encontradas apenas nesses supermercados são a Taeq, Casino, Qualita, Caras do Brasil, CDS, Finlandek, Pra Valer e Liss. Queiróz destaca ainda a ampliação da oferta de produtos como outra tática que beneficia clientes. “Estamos cadastrando mais itens nas gôndolas, para que o consumidor tenha mais opção de acordo com seu orçamento”.
Com todas as ações, o setor aposta na manutenção das vendas e, consequentemente, na manutenção de empregos. “Os supermercados não falam em demissão, exceto os que têm vendas da linha branca (eletrodomésticos)”, diz Queiróz. A Asserj tem 300 empresas associadas no estado, totalizando 1.500 lojas.