Os formatos e os setores que devem ter destaque no franchising em 2017 refletem, em grande parte, uma realidade de 2016: a crise econômica. Formatos de loja menores e vendas porta a porta são algumas das promessas para o próximo ano. Entre os segmentos mais promissores, destacam-se os de reparos de automóveis e celulares, os produtos voltados para o bem-estar e os negócios que têm a terceira idade como púbico-alvo. Confira a seguir dez tendências das franquias brasileiras em 2017.
1. Modelos enxutos
Desde o início da crise econômica, muitas redes aderiram ao lançamento de formatos menores de loja. Assim, conseguiram atrair os empreendedores com menor poder de investimento. Antes de se decidir por uma marca, no entanto, o candidato precisa avaliar se o formato em questão já foi testado pela franqueadora. “O franqueado não pode ser cobaia de um modelo recém-criado”, diz Adir Ribeiro, fundador e presidente da Praxis Business.
2. Venda direta
O modelo de venda porta a porta gerenciado pelo franqueado, como o que foi adotado por O Boticário, deve ganhar espaço no ano que vem. “A diversificação de canais de atendimento que sejam conectados às franquias vai continuar – e não só no segmento de cosméticos”, afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF. Os candidatos que queiram investir numa marca com venda direta devem ficar atentos às maneiras como a empresa franqueadora inclui os donos das unidades na gestão do canal e no faturamento que vem dele.
3. Interiorização
“Existe um grande campo para as franquias nas cidades menores”, diz Tieghi. As redes entram em um espaço normalmente ocupado por negócios próprios e atendem a uma demanda da população pelo consumo de marcas mais famosas. Antes de investir em mercados que ainda não foram desbravados, no entanto, é essencial estudar se o produto ou serviço terá aceitação no local. “Às vezes cultura da cidade não abraça aquele conceito”, afirma Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt.
4. Multifranqueados
O perfil do franqueado que é dono de várias unidades, sejam elas da mesma marca ou não, tem sido desejado pelas redes. Agora, as empresas franqueadoras devem adaptar seus empreendimentos para atrair e reter esse parceiro. A consultoria de campo e os valores cobrados precisam ser adequados ao formato de “minirrede” do multifranqueado.
5. Franqueados millennial
A geração que cresceu conectada à internet já foi reconhecida como consumidora e como profissional no mercado de trabalho. Agora, as franquias estão se adaptando aos millennials como franqueados. “Esse empreendedor quer mais do que ganhar dinheiro. Quer algo que tenha um propósito. É um franqueado que está ligado à economia colaborativa e que presta atenção na proposta da marca e nos aspectos de sustentabilidade”, diz Claudia.
6. Reparos de bens usados
“Quando os consumidores têm menos dinheiro para comprar itens novos, o conserto de produtos usados ganha força”, afirma Ribeiro. Entram aí as franquias de reparos em roupas e em telefones celulares, além da manutenção em veículos.
7. Bem-estar em todos os setores
Os negócios que remetem a uma vida mais saudável estão crescendo no franchising. “Redes de cosméticos e de tratamentos estéticos, corporais e dentários são tendência, assim como restaurantes de que servem comidas saudáveis”, afirma Tieghi.
8. A força da terceira idade
O envelhecimento da população traz oportunidades para franquias que atendam ao público maduro de várias formas. Lojas de roupas mais fáceis de vestir, academias de ginástica e redes de cuidadores são alguns dos conceitos que embarcam no crescimento desse público.
9. Pets que falam alto
A valorização e a “humanização” dos pets fazem com que os serviços de adestramento, cuidado e veterinária ganhem espaço nas franquias. “Os hotéis para animais que se parecem com a casa do dono vão se destacar no próximo ano”, diz Tieghi.
10. Economia criativa
Negócios ligados a atividades artísticas e de entretenimento começam a virar franquias. Academias de balé, parques de diversões e galerias de arte já estão aderindo ao modelo.