A Saint-Gobain, grupo francês de materiais de construção com unidade no Brasil, vai iniciar seu processo de aceleração próprio no Brasil no segundo semestre.
Segundo a diretora de marketing e estratégias digitais da Saint-Gobain no Brasil, Lucile Charpentier, a busca é por startups com mais afinidade aos temas definidos pelo grupo. Como por exemplo, edificações inteligentes.
O processo seletivo, ainda sem data para inscrição, também será para empresas nascentes que atuam nas áreas de soluções digitais para consumidor, realidade virtual e aumentada e internet das coisas, pontua Lucile.
Para organizar o projeto, a companhia contou com a visita da equipe do NOVA External Venturing. Esta divisão é o braço internacional do grupo para identificação e formação de parceria com startups pelo mundo.
O time mundial coletou informações no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec). Também conheceu a estrutura da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade de Campinas (Incamp) e a aceleradora Oxigênio, da Porto Seguro.
Além disso, os especialistas em identificar startups visitaram o coworking Cubo, do Itaú Unibanco. O local já é conhecido da unidade brasileira da Saint-Gobain, tendo em vista que a empresa é parceira e mantém um espaço no empreendimento.
Atualmente, explica Lucile, a companhia interage com 30 startups brasileiras e conta com 12 projetos em andamento. Este contato começou no início deste ano.
O Grupo São Martinho também estaria estruturando um hub (centro próprio de inovação) e estudando a aquisição de startups. A empresa de capital aberto atua nos setores de etanol, açúcar, energia elétrica e imobiliário.
Segundo comentou o assessor de tecnologia da São Martinho, Walter Maccheroni, à agência de notícias Estadão Conteúdo, há uma atenção na previsibilidade. Ele explica que o programa de inovação tem como objetivo transformar dados de operações agrícolas em indicadores para antecipar problemas e reduzir custos.
A empresa destinou, aproximadamente, R$ 48 milhões no projeto do hub. Até o momento, 70% já foram aplicados no empreendimento. O restante será destinado ao desenvolvimento de softwares que previnam problemas no campo e nas usinas.
Segundo fonte do Cietec, a São Martinho estaria negociando parceria com duas startups incubadas no local: Vis Technology e Eletrocell. Ambas desenvolvem soluções para energia sustentável.
Procurada para falar sobre o assunto, a empresa não quis comentar. “Caso haja qualquer investimento adicional a ser realizado pela companhia, além dos projetos amplamente já divulgados, a São Martinho manterá o mercado informado”, informou por nota.
Fonte: DCI