A Saraiva apresentou os resultados do segundo trimestre de 2017 e, consequentemente, os do primeiro semestre do ano. No acumulado do ano, a receita bruta da varejista se manteve estável, com discreta queda de 0,2%, fechando o semestre em R$ 945,5 milhões ante R$ 947,3 milhões apurados em igual período de 2016. Destaque aqui para o crescimento de 9,9% na receita bruta apurada no canal e-commerce, que fechou o semestre vendendo R$ 310,5 milhões.
A varejista encerrou o primeiro semestre no azul, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de R$ 17,8 milhões. Essa cifra, no entanto, é 14,7% menor do que a apurada no mesmo período de 2016, quando a varejista teve EBITDA de R$ 20,8 milhões. Olhando apenas para o segundo trimestre, a varejista apresentou prejuízo, com EBITDA negativo de R$ 2,2 milhões. A margem bruta apresentou recuo de 1,1 ponto percentual, fechando o trimestre em 35,1%, resultado, segundo a companhia, do “cenário competitivo mais acirrado no varejo”.
No relatório apresentado ontem, a varejista destaca o ganho de market share no segmento de livros de 1,7 ponto percentual, segundo estudos apresentados pela GfK. Joga luz ainda na queda, pelo sexto trimestre consecutivo, das despesas operacionais, o que é, na avaliação da empresa, reflexo dos “esforços na revisão de processos, renegociação de contratos e rigoroso controle de custos”. As despesas operacionais recorrentes (desconsiderando R$ 1,8 milhão em despesas extraordinárias de reestruturação para aumento de produtividade) apresentaram queda de 2% no período.
Lojas físicas x e-commerce
Na comparação com os iguais períodos do ano passado, a receita bruta apurada no e-commerce da Saraiva apresentou crescimento tanto no segundo trimestre (9,4%), quanto no primeiro semestre (9,9%). Isso segue no caminho oposto das lojas físicas, que apresentaram queda nas suas receitas brutas. No trimestre, o recuo foi de 5,1% e, no semestre, 5,2%. “Temos observado performance bem distinta entre as lojas físicas e o e-commerce. O canal lojas físicas tem sido mais impactado pelos efeitos da crise econômica e pelo fluxo de clientes em shopping centers, que ainda não apresenta uma evolução significativa. Diante desse cenário, estamos desenvolvendo um plano de ação focado em aumentar o fluxo de clientes, melhorar a experiência de compra e incrementar a taxa de conversão nas lojas”, diz o relatório.
Entre essas ações, estão duas parcerias com o Google: uma para a inserção de anúncios na web com recursos de geolocalização que permite que usuários localizem a loja Saraiva mais próxima; e outra que é a ferramenta Google Store Visits, que mensura as visitas às lojas físicas após o impacto dos anúncios de links patrocinados, possibilitando o gerenciamento para otimizar o retorno dos anúncios.
Além disso, a Saraiva quer investir mais na sua “multicanalidade”, entrando na segunda fase do projeto Saraiva Entrega. Se na fase 1, em curso desde o início de 2017, o projeto viabilizou a venda de qualquer produto não encontrado na loja, nessa segunda etapa, o Saraiva Entrega possibilitará reservar produtos em estoque em outras lojas, além de permitir vendas do site com retirada na loja física, o que já vinha sendo feito. Esse segmento, o de compre no site e retire na loja, teve crescimento de 17,2% no segundo trimestre de 2017.
Leia enquanto espera
A Saraiva promete que a funcionalidade Leia enquanto espera, que permite que o cliente tenha acesso digital aos primeiros capítulos dos livros físicos adquiridos no seu e-commerce, estará implementada até setembro próximo.
Fonte: PublishNews