Empresa vê boas perspectivas para a continuidade do crescimento da empresa em 2021, mesmo diante dos desafios da pandemia
Por Cristian Favaro
O presidente da Guararapes, dona da Riachuelo, Oswaldo Nunes, apresentou boas perspectivas para a continuidade do crescimento da empresa em 2021 mesmo diante dos desafios da pandemia. Segundo o executivo disse em teleconferência com analistas nesta quinta-feira, o grupo pretende abrir entre 15 e 20 lojas da marca Riachuelo em 2021.
Para o modelo Casa Riachuelo, a estimativa é abrir cerca de 15 lojas, e no Carter’s, outras 20 unidades. A empresa fechou o primeiro trimestre com 337 lojas. Destas, 328 eram Riachuelo, 6 da Carter’s e 3 da Casa Riachuelo.
O executivo destacou ainda que os dois novos formatos trazem muita sinergia com as apostas de crescimento digital do grupo.
Durante a teleconferência para apresentar os números do primeiro trimestre, o executivo disse também que a empresa conseguiu manter o giro dos estoques dentro de níveis aceitáveis. “A gente carrega volume físico inferior ao do ano passado, uma redução importante”, disse.
Nunes afirmou que as lojas estão abertas e a coleção de inverno tem apresentado bom desempenho de vendas. “Não teremos de postergar a validade da coleção de inverno como fizemos ano passado. A renovação vai ser em julho ou agosto com a entrada da primavera, preparando para o verão”.
Alavancagem
O diretor-executivo financeiro e administrativo da Guararapes, Tulio Queiroz, afirmou que o grupo está tranquilo hoje com a sua posição de alavancagem, que estaria elevada por causa do Ebitda fraco do grupo durante a crise e não por causa de crescimento na dívida líquida.
A alavancagem da empresa, medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda nos últimos 12 meses, foi de 6,8 vezes no primeiro trimestre deste ano, contra 3 vezes no fechamento do ano passado e 1,6 vez no primeiro trimestre de 2020.
“A alavancagem ano passado foi importante. A empresa fez um trabalho de preservação e geração de caixa. Fechamos o ano com dívida líquida inferior ao que a gente costumava ter”, disse.
Segundo o executivo, o endividamento tende a cair nos próximos meses com o Ebitda voltando a patamares normalizados, na esteira do processo de abertura de lojas.
A empresa encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 1,1 bilhão, contra R$ 1,58 bilhão em igual trimestre do ano anterior. No fechamento de 2020, estava com endividamento de R$ 706 milhões.
Fonte: Valor Econômico