Segundo levantamento da Associação Nacional de Restaurantes, 21,43% das empresas consultadas disseram que não devem reabrir após a pandemia
A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) estima que o setor de alimentação já demitiu cerca de 1 milhão de pessoas, desde o início da crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus.
O setor encerrou 2019 com um faturamento de cerca de R$ 400 bilhões no país e aproximadamente 6 milhões de trabalhadores, de acordo com dados da ANR, que representa mais de 9 mil pontos comerciais, entre redes de restaurantes, franquias de alimentação e estabelecimentos independentes.
Nesta sexta-feira (17), a entidade divulgou a segunda pesquisa com seus associados após a pandemia, realizada entre 9 e 15 de abril, que mostra que o percentual de empresas do setor de “food service” que demitiram pessoal em meio à crise chega a 76,11% do setor.
O primeiro levantamento feito pela ANR, entre 26 e 31 de março, apontava que, até aquele momento, 61,8% das empresas do setor tinham demitido.
Dos entrevistados na pesquisa atual, 78,57% disseram que conseguirão manter o negócio aberto após a pandemia, enquanto 21,43% afirmaram que não deverão reabrir. No primeiro levantamento, 16,1% disseram que fechariam as portas.
Para Cristiano Melles, presidente da ANR, as medidas tomadas pelo governo para ajudar as empresas ainda são insuficientes.
“Neste momento estamos empenhados em convencer deputados e senadores, e também o Ministério da Economia, a ampliar os prazos da MP dos Salários”, afirmou, em comunicado. A ANR propõe aumentar de 60 para 120 dias o prazo para suspensão de contratos de trabalho e de 90 para 150 dias o prazo para redução de jornada.
Fonte: Valor Econômico