Por Daniela Braun | Com a aprovação da Amazon Brasil como participante do programa Remessa Conforme, nesta segunda-feira (6), a expectativa é acelerar a velocidade de entrega e elevar as vendas internacionais no país, disse hoje o presidente da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, ao Valor.
“É muito melhor o vendedor parceiro estar com o selinho e passar na alfândega com uma velocidade maior e um imposto menor”, disse Mazini. “Ser barrado em Curitiba [onde está principal alfândega do país] não é algo que a gente quer que aconteça nos pedidos porque ofende muito o tempo de entrega”, completou.
Segundo o executivo, as vendas internacionais são uma parte importante do negócio de e-commerce da Amazon no mundo porque ampliam o catálogo de produtos. Além disso, o programa ajuda a reduzir impostos sobre as encomendas internacionais.
“Vemos de uma maneira muito positiva um valor menor de impostos tornando esses produtos mais acessíveis”, ele comentou.
Mazini notou que o interesse do consumidor por compras internacionais no e-commerce da Amazon no Brasil aumentou desde o fim de julho, quando o governo lançou o Remessa Conforme com o intuito de reduzir brechas na lei e elevar a arrecadação com produtos importados.
“Nas buscas dentro do marketplace, termos como ‘celular importado’, ‘memória importada’ e ‘vestido importado’ começaram a aparecer muito mais”, citou o presidente da Amazon no Brasil.
Adaptação de vendedores
Com a aprovação no Remessa Conforme em um momento de início da temporada de descontos da Black Friday, a Amazon trabalha tanto na adaptação interna de encomendas internacionais, que inclui vendedores parceiros de seu próprio programa de logística, o FBA (sigla para Fulfillment by Amazon) como dos vendedores parceiros.
Junto aos vendedores terceirizados, Mazini informou que o processo está bem estruturado. “Apresentamos o processo à Receita Federal e recebemos o aval de que é um bom processo de controle [de importação]”, comentou.
No fim de outubro, a reportagem do Valor mostrou exemplos de lojistas chineses tentando driblar as novas regras de importação usando o mecanismo do Remessa Conforme para encaixar produtos mais caros na isenção do imposto de importação para produtos de até US$ 50.
“Vamos fazer esse controle através das nossas transportadoras e também por meio de incentivos em nossa ferramenta para estimular a fácil adesão ao Remessa Conforme, o mais rápido possível”, frizou Mazini.
Fonte: Valor Econômico