Cada vez mais consumidores e supermercadistas abrem os olhos para os produtos comprados nos supermercados. O comportamento de compra mudou nos últimos anos e, hoje, o foco está em como determinado produto chegou até a mesa das pessoas, a que processos foi submetido, qual impacto gerado para o meio ambiente e como afetará a saúde dos brasileiros.
Diante desta demanda, é necessário, para qualquer supermercadista, investir em gestão da rastreabilidade para produtos alimentícios, matérias-primas e insumos, assim como observar as condições de processo ao longo de toda cadeia produtiva.
“Detectar a origem de um produto e seguir seus rastros é importante para o consumidor e para o supermercadista”, afirmou Sylvia Gagnotto, gerente de Qualidade do GPA, em palestra realizada no Congresso de Gestão da APAS Show 2018.
A gestão da rastreabilidade é composta por algumas medidas que precisam ser implementadas na operação de qualquer supermercado, para que seja possível acompanhar os rastros de cada produto comercializado.
De acordo com a Gerente de Qualidade do GPA, esta ação demonstra responsabilidade por parte dos varejistas e maior poder de controle sobre os riscos iminentes da operação supermercadista.
“A gestão de rastros cria uma conexão com os consumidores, porque oferecer transparência produz reconhecimento de marca. São as ações realizadas no presente que nos darão retorno futuro”, diz Sylvia.
Benefícios e motivações para gerir rastros
A gestão da rastreabilidade de produtos abrange diversas variáveis na cadeia de processos.
“Integra a plataforma pecuária, o bem-estar animal, soja e derivados, cadeia de pescados, óleo de palma, madeira, papel, setor têxtil e também carvão”, explicou Sylvia.
Entre outras vantagens para se investir na rastreabilidade, destaque para a prevenção de crises e riscos, manutenção da segurança dos alimentos, estímulo do relacionamento com os fornecedores da loja e poder de argumentação com possíveis reclamações de clientes insatisfeitos.
No programa do GPA, os pilares da rastreabilidade são: auditorias e análises de resíduos agrotóxicos, rastreamento dos produtos, inspeção, performance comercial e sustentabilidade.
“Primeiro mapeamos fornecedores e campos/fazendas, depois temos a avaliação de riscos, seguido pelo plano de monitoramento até chegar à rastreabilidade da cadeia”, conta Sylvia Gagnotto.
Segundo ela, os principais objetivos são orientados para promover melhorias na cadeia de suprimentos, auxiliar os fornecedores no aperfeiçoamento dos processos e expansão, além de garantir produtos seguros aos consumidores.
Fonte: Apas