A japonesa Rakuten vendeu sua operação de tecnologia para comércio eletrônico no Brasil para o fundo americano Ten Oaks Group. Com a venda, que aconteceu de forma silenciosa no segundo semestre de 2019, a operação no país passou a se chamar GenComm.
Com a venda, que aconteceu de forma silenciosa no segundo semestre de 2019, a operação no país passou a se chamar GenComm. A Rakuten Marketing, outro braço de atuação do grupo no Brasil, que trabalha com publicidade na internet, continua operando normalmente sob o seu guarda-chuva.
Pouco conhecido, o Ten Oaks Group diz em seu site ser o “family office” de “um consórcio de investidores de private equity” que coloca dinheiro em companhias de pequeno porte (menos de US$ 25 milhões de Ebitda) que precisam passar por um processo de reorganização.
“Rakuten Brasil agora é GenComm. Fundo de investimentos norte-americano anunciou a aquisição da Rakuten Brasil, uma das maiores operações de e-commerce da América Latina. A empresa vai operar de forma independente e passa a usar o nome GenComm”, diz uma postagem feita no perfil da GenComm no LinkedIn. A operação tem atualmente cerca de 100 pessoas – 50 a menos que em outubro, segundo dados do LinkedIn.
Procurada, a GenComm informou que fará uma comunicação oficial sobre a mudança ainda durante o mês de janeiro.
A Rakuten chegou ao Brasil em 2011 com a compra da Ikeda, que prestava serviços de tecnologia para varejistas — modelo semelhante ao da Vtex, que recebeu um aporte de US$ 140 milhões da SoftBank em novembro. No ano seguinte, lançou seu shopping virtual (marketplace). Com o acirramento da competição no segmento, a companhia foi perdendo participação de mercado e, em 2016, passou a se focar apenas nos serviços de tecnologia.
Nessa época, a companhia nomeou René Abe, um executivo com passagens pelo PayPal e pelo Buscapé, que estava na empresa desde 2014, para comandar as operações. Em seu perfil no LinkedIn, Abe informa ter deixado a companhia em outubro.
Fonte: Valor Econômico