Empresa reforça presença digital, expande rede de lojas físicas e acelera implantação de clínicas de serviços veterinários para continuar a crescer
Por Raquel Brandão
Um trimestre de recordes. É assim que Sergio Zimerman, presidente da varejista de artigos para animais de estimação Petz, define o período. O lucro líquido do segundo trimestre deu um salto de 109% na base anual, para R$ 21,6 milhões, segundo os dados da Petz, que excluem os efeitos da norma contábil IFRS-16. Se considerados os efeitos, o lucro líquido é R$ 18,25 milhões, um avanço de 197% ante o mesmo período do ano anterior.
A receita líquida chegou a R$ 505,79 milhões, 58,7% maior que um ano antes. “Não ficamos fechados no ano passado, diferentemente de outros varejistas. Crescemos sobre uma base que já era forte”, diz o executivo. O desempenho estimula o otimismo de Zimerman, que já prevê um crescimento de receita similar ao registrado no ano passado, cujo avanço foi de 46% ante 2019.
No segundo trimestre, as vendas em mesmas lojas cresceram 36,6% no trimestre, mas o avanço de receita também tem sido impulsionado pela expansão da operação. Um ano antes, a companhia tinha 120 lojas. Ao fim de junho de 2021 eram 143 unidades. Foram sete inaugurações no segundo trimestre, com destaque para Palmas (TO) e Manaus (AM), que levaram a companhia à região Norte.
Além disso, a inauguração de centros da Seres, rede de saúde veterinária, seguiu. O número de unidades passou de 98 para 120, sendo 10 hospitais. “Continuamos caminhando a passos firmes na meta de nacionalizar a Seres.”
O canal digital é outra avenida de crescimento. Dos R$ 598 milhões em receita bruta, 30% das vendas vêm dos canais digitais, que faturaram R$ 181 milhões, dos quais 60% são do aplicativo.
É o desempenho operacional que está ajudando a empresa, diz Zimerman, ao digerir um gosto bastante amargo que tem se espalhado por toda atividade econômica: a inflação. Ele atribui parte do aumento dos preços ao desequilíbrio da cadeia produtiva e diz que a tendência é de normalização, mas acrescenta que, por enquanto, “não aceitar o repasse é ficar sem produto.”
A empresa está diversificando o mix para não impactar a demanda. Até junho, o preço médio dos produtos na prateleira subiu 18%, diz Zimerman. “Temos conseguido endereçar bem [o aumento de preços], mas o bolso do consumidor tem limite”, diz, destacando que já acontecem mudanças na cestas de compras.
Fonte: Valor Econômico