Redes nesse formato de loja se multiplicam nas Regiões Metropolitanas e interior dos 9 Estados
Por Redação
Em tempos de inflação alta, o brasileiro só pensa em pechinchar e essa busca por melhores preços vem impulsionando o crescimento dos atacarejos. Nesse tipo de comércio, o cliente pode comprar o produto no varejo (por unidade), ou no atacado, para compras em grande volume, quando acaba economizando um pouco mais.
Segundo levantamento recente, o número de lojas nesse modelo cresceu 300% no Nordeste em comparação com o ano passado. Hoje, são 290 lojas na região.
“O atual cenário que nós vivemos, com inflação alta, perda do poder aquisitivo do consumidor e aumento de combustível força esse consumidor a realmente procurar produtos com preços mais em conta, então, nesse momento, o atacarejo se beneficia porque existe esse cenário de dificuldade financeira do consumidor”, disse Antônio Sales, secretário-executivo da Associação Cearense de Supermercados.
A rede de atacarejo comandada por Marco Oliveira abriu oito lojas no Nordeste no último ano e ele explica o motivo do sucesso. “Como o volume de vendas é muito grande porque a gente negocia para vender para o comerciante, o consumidor final acaba se aproveitando dessa boa negociação também”, disse.
Um tubo de pasta de dente, por exemplo, fica 9% mais barato a partir da 12ª unidade. E essa oportunidade vale para vários produtos. O caminhoneiro Ronaldo Coelho, por exemplo, está de olho no preço do café. “Eu compro esse mês e pronto. No próximo mês eu já não compro e baixou R$ 1. De real em real, a gente leva as coisas”, disse.
É sempre vantajoso?
O economista Wandemberg Almeida alerta que o consumidor precisa fazer as contas para conferir se a oferta vale mesmo a pena. Outra dica, segundo ele, é ficar de olho na data de validade dos produtos.
“Encontrar produtos que estejam variando de 5% a 20% de desconto na compra em grande quantidade, então você vai ter produtos não perecíveis que podem comprar a partir de três e já tem um desconto considerável, o que já ajuda o nosso consumidor final, que perdeu muito do seu poder de compra”, disse.
Para aproveitar o preço do atacado, a aposentada Zeneida Ribeiro gosta de juntar os familiares e fazer compras maiores. “Eu e minha irmã compramos os fardos para sair mais barato do que a unidade. Compensa e até ração de cachorro vai junto”, contou.
Fonte: SuperHiper