A Óticas Carol, maior varejista do segmento ótico no Brasil, vai lançar seu e-commerce no segundo semestre deste ano, segundo o presidente Ronaldo Pereira, em entrevista exclusiva ao portal NOVAREJO. O CEO da rede, no entanto, admitiu que houve um atraso no processo de transformação digital, sobretudo no lançamento do e-commerce, após a marca ter sido adquirida pela gigante italiana Luxottica (dona de empresas como Ray-Ban e Sunglass Hut), no ano passado.
“Tivemos que redesenhar nosso modelo de negócio virtual em virtude do novo proprietário. Isso acabou atrasando o nosso processo no projeto de e-commerce”, revelou Pereira, que também disse que a implementação do comércio eletrônico da Óticas Carol é um desafio em sua gestão.
De acordo com o executivo, houve intensificação no processo de transformação digital da empresa nos últimos dois anos. Mas, no ano passado, com a aquisição concluída, a companhia teve de se adequar à nova cara da holding italiana e avaliar novamente a operação online de vendas. “Mas, agora, acreditamos estar na reta final e pretendemos lançar no segundo semestre o nosso e-commerce”.
O atraso fez com que a Óticas Carol perdesse o market share das vendas online. “Hoje a gente só está na loja física. o que torna bastante difícil a transformação digital porque deixa um mercado importante de fora, que é o online. E é no ambiente virtual que conseguimos ter um melhor entendimento do cliente e também analisá-lo de forma mais precisa”, diz o CEO da Óticas Carol.
O primeiro passo para estabelecer o projeto de e-commerce foi mostrar aos franqueados a importância que isso traria para a Óticas Carol. Uma equipe levantou todo o potencial de procura na internet e quantos links levavam diretamente ao site da marca para justificar aos proprietários das lojas. “Queremos proporcionar uma melhor experiência de marca independentemente do canal. Hoje ficou um pedaço do canal que não estamos atendendo”, afirma Ronaldo Pereira.
Segundo a empresa, no processo de transformação digital já foram investidas verbas para um back-office mais digital e assertivo, com tecnologias de inteligência artificial e internet das coisas, tanto para entender melhor os perfis dos clientes quanto para customizar ofertas.
Fonte: Novarejo