A estratégia envolve o Magalu Coletas, que responde por 60% das vendas do marketplace, o envio direto do vendedor e a base de lojas para receber e despachar produtos
Por Felipe Laurence
Após o Magazine Luiza aprimorar a rede logística das suas vendas diretas, com 53% das entregas em julho chegando em até 24 horas (e 70% em 48 horas), a empresa agora quer reforçar seu marketplace de 100 mil lojistas, melhorando os serviços com foco em maiores taxas de conversão, diz o BTG Pactual, após encontro com a diretoria da empresa.
O analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis afirmam que a estratégia da Magazine Luiza para o segmento envolve três frentes: o Magalu Coletas, que hoje responde por 60% das vendas do marketplace; o envio direto do vendedor, usando a estrutura de última milha da empresa; e a sua base de lojas para receber e despachar os produtos.
O banco destaca que a empresa vem fazendo várias aquisições para seu setor de logística, desde a Logbee em 2018, passando pela GFL Logistica, SincLog e Sode. “Não descartamos mais compras, mas esperamos que usem a expertise da Luizalabs em tornar sua cadeia mais produtiva.”
Apesar de um desafiador cenário competitivo do e-commerce brasileiro no curto prazo, os analistas veem que os fortes investimentos das principais empresas em logística para reduzir o tempo de entregas acabam criando um diferencial sobre players que tentam entrar no mercado.
“Com uma proposta omnichannel, as lojas do Magazine Luiza aumentam o reconhecimento da marca e atraem vendedores”, escreve o BTG. Os analistas ponderam que tráfego, sortimento de produtos e maior foco em serviços serão os diferenciais no setor, mas que o engajamento dos vendedores e a taxa de conversão mais altas vão diferenciar as várias empresas que competem no Brasil.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para Magazine Luiza, com preço-alvo em R$ 26, potencial de alta de 56,9% sobre o fechamento da última sexta-feira.
Fonte: Valor Econômico