O atacarejo e as lojas de proximidades são os formatos que continuarão atraindo mais o interesse do consumidor
Por Redação
É o que acredita Belmiro Gomes, CEO do Assaí Atacadista . Em entrevista a Istoé Dinheiro, o executivo afirmou que a empresa não tem intenção de concorrer com os mercados de bairro, que são seus clientes de atacado. Para ele, a tendência é, em várias regiõees, de deslocamento da demanda para essas duas pontas do varejo alimentar.
Em cidades pequenas, que não comportam unidades de cash & carry, os supermercados e hipermercados continuarão exercendo uma função relevante. “Há espaço para todos os formatos, mas o atacarejo não está ameaçado em nenhum cenário”, afirmou o executivo.
De acordo com Belmiro, se por um lado o fortalecimento do e-commerce enfraqueceu o modelo de hipermercados, o digital não trouxe riscos para o atacarejo. Isso porque os hiper se sustentavam com as margens das vendas nas categorias de bens duráveis e com maior valor agregado, nas quais os marketplaces avançaram com uma oferta mais competitiva.
Já o atacado é forte no varejo alimentar e de produtos para casa, e tem margens pequenas, para os quais o custo logístico e de frete não compensam. “A categoria fica em vantagem quando os preços pesam no bolso do consumidor”, afirmou. O executivo ressalta ainda que o grupo estaria um passo à frente no atacarejo por estar sempre se reinventando, o que aumenta o apelo da marca. “Em dez anos, já estamos no 18º modelo de loja, sempre pensada para garantir essa adaptação ao momento do consumo.”
Para este ano, a empresa prevê a inauguração de 50 lojas, sendo que 40 foram as adquiridas do Extra Hiper. A expectativa é até 2024 chegar a 300 unidades. Atualmente, são 216 lojas físicas.
Fonte: S.A. Varejo