Os faturamento das franquias caiu, em média, 48,2% em abril, de acordo com estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a empresa de pesquisas AGP. No período, 26,1% das franquias apresentaram queda de faturamento entre 40% e 49%, em comparação com abril de 2019. Os segmentos mais afetados foram Turismo, Entretenimento, Alimentação e Saúde, Beleza e Bem-Estar.
No início da pandemia, na segunda quinzena de março, aproximadamente metade das redes apresentou queda de receita superior a 25%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O estudo apontou, também, que 12% das unidades de franquia tiveram suas atividades suspensas e 0,5% foram encerradas definitivamente no período. “Essas taxas são muito menores do que negócios isolados, dado o trabalho em rede e o apoio das franqueadoras. É um momento difícil, mas estar em uma franquia traz benefícios que favorecem muito a sobrevivência”, disse o presidente da ABF, André Friedheim. “Além disso, 70% das franqueadoras evitaram demissões no mês de abril. Há um esforço das redes para se reinventar e manter o negócio operando.”
Ações
As franquias têm adotado uma série de ações para enfrentar os impactos econômicos da pandemia. E, de acordo com o estudo, algumas deverão continuar sendo empregadas após o período: entre elas, estão a realização de reuniões online (55%), home office da franqueadora (42%), delivery partindo das unidades (21%), e-commerce da franqueadora (36%) e venda online/telefone com retirada na loja (20%).
Ações como isenção de royalties (42%), demissão de equipe dos franqueados (42%), isenção de fundo de marketing (35%) e demissão de equipe da franqueadora (28%) também foram empregadas no período de crise.
Delivery
O número de franquias de alimentação que trabalharam com delivery no mês de abril chegou a 91% — segundo a ABF, um recorde histórico. Já no segmento de moda, muito ligado às lojas físicas, 53% pretendem manter o delivery partindo das unidades posteriormente.
“Mais uma vez fica claro que o esforço de digitalização no setor está chegando mais fundo. Veja o caso de Moda, um segmento com grande ligação com a loja física, inclusive em shoppings, planejando tornar definitivas algumas ações tomadas na pandemia. É o caso, por exemplo, das vendas via WhatsApp, que têm tudo para continuar crescendo”, diz o presidente da ABF.
O estudo mostrou, ainda, que, em 51% dos casos, há apoio por parte das franqueadoras para que seus franqueados acessem linhas de crédito.
Fonte: PEGN