Marca inaugura a primeira “loja circular” do país, localizada no Rio de Janeiro; proposta é transformar mais uma filial para esse formato em 2022
Por Karina Souza
Seguindo os planos anunciados em junho de 2021, a Renner inaugura neste sábado a primeira loja que atende a um novo formato de sustentabilidade proposto pela empresa, chamado de “loja circular”. O projeto deve colaborar para reafirmar o compromisso da empresa com práticas de sustentabilidade — um dos pilares defendidos pela empresa desde 2014.
A primeira loja a receber esse projeto é a unidade do shopping Rio Sul, localizada no Rio de Janeiro. Trata-se de uma unidade que já existia antes, mas que, ao ser reformada dentro do cronograma da empresa, teve esse cronograma repensado de modo a atender às premissas de economia circular que a empresa esperava colocar em prática desde 2019.
“Preferimos usar uma loja já consolidada, que tivesse um público cativo, uma boa circulação. Essa loja já estava no nosso cronograma de reformar e aproveitamos a oportunidade para inserir nela, pela primeira vez, todo o processo de economia circular que tanto queríamos colocar em prática”, diz Fabiana Taccola, diretora de Operações da Lojas Renner, à EXAME.
Na prática, a nova loja teve um projeto cuidadoso, em que todos os pontos da reforma foram repensados: desde o uso de aço estrutural até o consumo de água e o descarte de roupas, tudo foi idealizado para atingir o mínimo impacto possível ao meio ambiente.
Tudo começa com os materiais de obra: a Renner deixou de usar, nessa loja, 8,5 toneladas de aço estrutural — já que foram priorizados materiais mais sustentáveis, reciclados ou recicláveis. Ainda na parte pré-operação, a companhia conseguiu reaproveitar 97% dos materiais utilizados, deixando de destiná-los a aterros. Para isso, a companhia escolheu cuidadosamente os fornecedores e levou a eles, desde o design do projeto, todos os objetivos a serem atingidos com a nova loja: usar menos matéria prima, reduzir resíduos e levar em conta outros fatores relacionados à economia circular.
Na parte de energia, a loja é abastecida por energia renovável, originada de fonte eólica. Segundo a Renner, a emissão de gás carbônico evitada na construção e operação da loja, em 20 anos, corresponde à restauração de uma área de 1,5 hectare de Mata Atlântica. E, no consumo de água, a loja deve consumir 56% menos do que empreendimentos com padrões de construção tradicionais, o que deve gerar uma economia de 420 mil litros por ano.
E, ainda no aspecto pré-abertura, todos os móveis da loja foram desenvolvidos de forma sustentável. Novamente, a Renner afirma que priorizou o uso de materiais recicláveis e diminuiu a quantidade de materiais utilizados. “Houve uma redução de 37% na quantidade de MDF, além da eliminação do uso de vidro e pinturas, por exemplo”, diz Eduardo Ferlauto, gerente geral de Sustentabilidade.
Fonte: Invest Exame