Não é de hoje que a desigualdade de gênero é algo presente no âmbito profissional, educacional, doméstico ou mesmo político. Porém, algumas empresas e órgãos estão trabalhando para uma sociedade cada vez mais justa e igualitária nos últimos tempos. Como exemplo, está a campanha publicitária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), intitulada de “Igualdade na política”. O objetivo é incentivar a participação das mulheres a se filiarem aos partidos e se candidatarem. Frases como “Mulher na obra nunca dá certo” e “Nenhuma mulher chegou à diretoria” são mostradas com imagens das mulheres nos respectivos cargos.
No mundo corporativo, Marienne Coutinho, sócia da KPMG no Brasil, ressalta que a presença feminina em cargos de nível hierárquico alto é cada vez mais frequente. “Mesmo sabendo que a predominância masculina no topo da pirâmide hierárquica das empresas ainda é grande, é possível constatar que a presença feminina está em evolução nos últimos anos”. Marienne diz ainda que “o incentivo à liderança por mulheres nas empresas antecipa uma tendência que já é realidade e que vem sendo colocada em prática por companhias no mundo todo”.
No Brasil, a diretoria de RH da empresa francesa Ipsos e vice-presidência da multinacional de consultoria A.T.Kearney são comandadas por mulheres. A administradora da KPMG afirma que apesar de muitas organizações terem aberto espaço para a presença feminina nos cargos de liderança, ainda não é significativa a mudança. “As barreiras para atingir a equidade de gêneros dentro das empresas ainda são muitas e o desafio é oferecer um apoio mais concreto às mulheres. As melhores práticas indicam que o caminho do sucesso passa pelo posicionamento do tema como item relevante e prioritário na agenda estratégica corporativa, bem como pelo envolvimento do CEO, alta liderança e dos homens nas discussões e ações”. Marienne cita a campanha “HeForShe” (ElesPorElas), da Organização das Nacões Unidas – Mulheres, que visa o estímulo aos funcionários do sexo masculino a se engajarem na luta pela igualdade de gênero. A campanha da ONU teve o apoio da KPMG, que é citada no Jornal Valor Econômico como empresa exemplo de empoderamento de liderança da mulher.
Seguindo os passos da KPMG, a empresa 5àsec está com uma nova estratégia de expansão da sua rede de franquias. Ela quer motivar mais mulheres a serem empreendedoras e donas de uma franquia 5àsec. Pioneira no segmento de franquias, a rede de lavanderias é a que mais cresceu e conta hoje com mais de 430 unidades no Brasil. É a maior do mundo, premiada internacionalmente.
Marienne Coutinho lembra que as empresas que investem na equidade “conseguem alavancar os negócios mais do que outras que não o fazem”. E isso é comprovado. “Várias pesquisas comprovam que as empresas que possuem mais equidade de gênero na liderança produzem melhores resultados financeiros. A equidade almejada não é apenas um direito das mulheres, mas um caminho para atingirmos um País mais moderno, igualitário e democrático”, finaliza a sócia da KPMG Brasil.