O programa de fidelidade Dotz já bateu o martelo. Até julho, a companhia deve anunciar seus planos de abertura de um escritório no Vale do Silício, informa Roberto Chade, presidente da empresa.
De acordo com o empresário, a decisão já está tomada. Falta, no entanto, definir ainda detalhes sobre a localização, o volume de investimentos e o modelo de atuação na região onde estão concentradas as principais empresas de tecnologia do mundo.
Em abril, Chade esteve no Vale do Silício, onde visitou mais de 30 empresas. Dessa viagem, ele fez algumas alianças para fazer testes de seus produtos e serviços no Brasil – ele não revela o nome das empresas. “É estratégico”, justifica Chade.
Na visão do presidente do Dotz, o setor de programas de fidelidade deve passar por uma reinvenção por conta das transformações tecnológicas. Por esse motivo, a presença no Vale do Silício é vital.
O empresário diz que tecnologias como big data, inteligência artificial e blockchain (que está por trás da moeda virtual Bitcoin) serão muito importantes para o desenvolvimento do negócio. Além do escritório no Vale do Silício, o plano de Chade é criar uma área de inovação no Brasil.
Mercado de incentivos
A Dotz também está apostando em uma nova área. É a do mercado de incentivos, que começou a operar de forma efetiva a partir de abril.
Nesse caso, a companhia está fechando acordo com empresas, que dão Dotz aos seus funcionários à medida que determinadas metas são atingidas. “Nos próximos anos, quero que essa área possa representar de 10% a 15% de nossa receita”, afirma Chade.
As primeiras empresas a distribuírem Dotzs para seus funcionários são a construtora mineira MRV, a empresa de alimentos suíça Nestlé e a fabricante de embalagens, papel e celulose International Paper.
A Dotz conta atualmente com 22 milhões de pessoas cadastradas em seu programa de fidelidade. Ao contrário de Multiplus e Smiles, cujo foco são a troca de pontos por passagens áreas, a empresa de Chade está voltada para atuar no varejo.
Seu plano é ambicioso. Ela quer atingir 40 milhões de pessoas cadastradas até o fim de 2018. Espera chegar a esse número aumentando a participação nas regiões que está presente – são 13 regiões metropolitanas, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro – e entrando em novas praças.
Uma região que ainda falta chegar é a região metropolitana de São Paulo. Chade diz que não há data marcada para entrar no maior mercado do País. “Só vamos anunciar quando tivermos os parceiros certos.”
Fonte: IstoÉ Dinheiro