Se tem um setor do varejo que pode comemorar o bom momento vivido, é o de Lojas de Conveniência em postos de gasolina. O setor encerrou 2016 com um aumento de 10,8% em faturamento e de 8,8% em número de lojas associadas se comparado ao ano anterior, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Eduardo Serpa, Gerente de Mercado, Comunicação e Lojas de Conveniência do sindicato, explicou em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News os motivos desse momento vivido pelas lojas de conveniência. “Esse crescimento tem muito haver com suprir as necessidades do consumidor que está em deslocamento, que está sempre querendo otimizar seu tempo. Então ele acaba olhando esse canal Conveniência como um canal que vai conseguir suprir as suas necessidades básicas gerais”.
E esse crescimento chega em meio a mares revoltos do varejo, que encerrou 2016 com seu pior resultado desde 2001: recuo de 6,2%, segundo dados do IBGE. No todo do setor, contando com as lojas de “Outras Bandeiras” e “Sem Bandeira”, o resultado de 2016 foi um pouco menos expressivo, mas 6,2% maior do que em 2015, já que nessas lojas houve redução de 3,4% na quantidade e redução de 2,1% em faturamento.
Perfil de Público e Segurança a Favor do Negócio
Além do fator comportamental do consumidor, as lojas de conveniência vêm crescendo, também, por um encarecimento estratégico de seus produtos, que em 2016 chegou a uma média de R$ 11,91. “A gente aumentou em 7,3% o nosso ticket. E apesar disso, a quantidade de transações 3,3% em 2016. Isso por que 97% das pessoas que frequentam as lojas de conveniência têm um perfil de classe média alta”, explica Eduardo.
E quem também comemora o sucesso das lojas de conveniência, claro, são os postos de combustíveis, que devido ao serviço, sofrem um incremento de cerca de 20% no abastecimento. “As lojas alavancam o desempenho do posto em função da questão de segurança. Ter uma loja de conveniência é um fator motivacional para que o consumidor abasteça no posto. Ele se sente mais seguro”, afirma. Apesar disso, Eduardo explica que o fato dele preferir abastecer em um posto, não quer dizer que ele vá consumir na loja.
Fonte: GiroNews