Expansão resulta de forte demanda por locação de máquinas e equipamentos para reformas de moradias
Por Chiara Quintão
A forte demanda por locação de máquinas e equipamentos para reformas de moradias levou a Casa do Construtor a revisar sua projeção de faturamento, neste ano, de R$ 440 milhões para R$ 490 milhões. Se a cifra for alcançada, representará crescimento de quase 50% ante os R$ 328 milhões obtidos no ano passado. Até agosto, a empresa obteve desempenho recorde.
Segundo o sócio da Casa do Construtor Altino Cristofoletti Junior, o faturamento da rede de lojas de aluguel de máquinas e equipamentos de pequeno porte para a construção civil tem se expandido pelo aumento do número de pontos de vendas e pela melhora do mix de itens locados. A rede está presente em 306 cidades.
A Casa do Construtor tem 357 lojas, número que chegará a 400 até o fim do ano. Cristofoletti conta que, durante a pandemia de covid-19, o processo de abertura de lojas foi simplificado, com parte das etapas sendo feitas de forma digital, o que permitiu redução do prazo médio de três meses para 40 dias.
Desde o início da pandemia, houve aumento na fatia de locação por parte de pessoas físicas e redução por pequenas empresas. Com a retomada de várias atividades, a contratação de máquinas e equipamentos por pessoas jurídicas para a reforma de lojas está voltando a crescer.
No primeiro semestre, a Casa do Construtor lançou o modelo +Rental, para cidades com população de 20 mil a 30 mil habitantes – o formato tradicional de franquias da rede é limitado a municípios com, pelo menos, 50 mil habitantes. A modalidade +Rental é “store in store”, ou seja, com a instalação, por exemplo, de uma loja da rede dentro de um depósito de materiais de construção. O crescimento desse formato será buscado, principalmente, nos estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
De acordo com Cristofoletti, os preços de aluguel tiveram aumento de 15% a 20%, neste ano, dependendo da região, como forma de repassar parte das altas de 60% a 70% no valor dos equipamentos. Houve diminuição das margens da rede de lojas.
Fonte: Valor Econômico