Por Redação | Liderado por Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Casas Bahia e RD Saúde, o ranking das maiores empresas varejistas do País somaram um faturamento de R$ 1,129 trilhão em 2023, 7,9% mais que no ano anterior. A edição 2024 do Ranking Cielo-SBVC 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro foi desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Em um ano bastante desafiador para o varejo brasileiro, as principais empresas do setor não viveram uma crise. Embora questões pontuais tenham feito com que diversas empresas enfrentassem cenários de restrição a crédito e recuperação judicial, o grupo das 300 maiores varejistas brasileiras continua crescendo, gerando empregos e movimentando a economia.
Considerando apenas as 216 empresas que declararam seus faturamentos nos últimos dois anos, o crescimento foi de 11,4%, muito acima dos 4,1% de alta do varejo restrito e dos 5,3% do varejo ampliado, segundo dados do IBGE.
Oportunidades e disciplina financeira
Segundo as análises feitas para o ranking, as grandes e médias empresas que crescem têm aproveitado as oportunidades e mantido a disciplina financeira e operacional. “Mais do que a influência de fatores macroeconômicos, o que realmente faz a diferença para as 300 maiores varejistas brasileiras é sua capacidade de utilizar dados para conhecer os consumidores e entregar propostas de valor sólidas”, afirma o presidente da SBVC, Eduardo Terra.
O faturamento de R$ 1,129 trilhão das 300 maiores varejistas brasileiras corresponde a 10,35% do PIB brasileiro, um indicativo claro da relevância que o setor tem na economia. Embora tenha interrompido um ciclo de três anos de expansão de dois dígitos em seu faturamento, o setor cresceu bem acima da economia brasileira. O PIB brasileiro, segundo o IBGE, teve em 2023 uma expansão de 2,9%, marcando o sétimo ano consecutivo em que o varejo supera o desempenho da economia como um todo. “O grupo das 300 maiores continua a crescer mais que o varejo em geral, mostrando que essas empresas têm sido capazes de entender os consumidores e responder melhor aos movimentos do mercado”, analisa Terra.
O Carrefour lidera mais uma vez a lista das maiores empresas do varejo brasileiro, com um faturamento bruto de R$ 115,4 bilhões. As 5 maiores empresas do Ranking (Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Grupo Casas Bahia e RD Saúde) somaram um faturamento de R$ 307,1 bilhões, ou 27,2% do faturamento das 300 maiores e 11,2% do faturamento total do varejo ampliado brasileiro.
“Mesmo diante de um cenário desafiador, o varejo se manteve em crescimento, combinando aquisições, aceleração do digital e abertura orgânica de lojas. Os dados do Ranking Cielo-SBVC 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro revelam a força e a resiliência das grandes empresas do setor, ao mesmo tempo em que confirmam características estruturais do nosso mercado, como baixa concentração e regionalismo. Fatores de inovação relevantes, como a diversificação das vendas digitais e o aumento da potência dos marketplaces, também estão nas análises do Ranking, mostrando a capacidade do varejo de enfrentar cenários complexos”, afirma Alberto Serrentino, vice-presidente da SBVC.
Números relevantes
Os principais destaques da edição 2024 do Ranking Cielo-SBVC são os seguintes:
- As 300 maiores empresas faturaram R$ 1,129 trilhão em 2023. Considerando as 216 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2022 e 2023, o crescimento anual foi de 11,4%;
- O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R$ 115,4 bilhões;
- As cinco maiores empresas de varejo responderam por 27,2% do faturamento total das empresas listadas no ranking, somando R$ 307,1 bilhões;
- As dez maiores empresas de varejo responderam por 37,2% do faturamento total das empresas listadas no ranking, somando R$ 420 bilhões;
- A digitalização do varejo continua acelerada. O número de empresas com e-commerce em operação subiu de 162 para 217 nos últimos quatro anos;
- O setor com maior número de empresas no ranking é o de supermercados, com 157 representantes, dos quais quatro estão no top 10 do varejo;
- O setor de moda, calçados e artigos esportivos, com 37 empresas, é o segundo com maior presença no ranking;
- A Cacau Show é a empresa com mais lojas no Brasil, com 4.217 pontos de venda. Entre as maiores em número de lojas, a tônica é a forte presença do sistema de franquias como modelo de expansão.
O ranking dos 300
Chegando à sua décima edição, o ranking é um sinal claro das transformações do varejo na última década. “Em 2015, quando desenvolvemos este estudo pela primeira vez, vivíamos o início de uma profunda crise econômica. De lá para cá, tivemos um período de recuperação, uma pandemia e toda a transformação digital do varejo”, comenta o presidente da SBVC. “Estamos iniciando uma nova fase, em que fatores tão diversos quanto a Inteligência Artificial, o varejo cross border e as transformações socioeconômicas do País geram novos paradigmas, desafios e oportunidades”, acrescenta.
Nesta edição, o ranking tem como patrocinadora master a Cielo, que há 10 anos desenvolve o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), um dos mais destacados indicadores do desempenho do varejo brasileiro. “Para a Cielo, é motivo de orgulho ter uma parcela relevante das 300 maiores do varejo como nossas clientes. É um grupo de empresas resilientes, inovadoras e que encaram o futuro com otimismo, o que nos estimula a oferecer produtos e serviços ainda melhores. Como parceira do varejo há quase 30 anos, a Cielo está à disposição para oferecer uma experiência de pagamento que contemple fluidez, segurança e ubiquidade”, afirma Estanis Bassols, ceo da Cielo.
Em uma década de cobertura e análise do varejo, o Ranking Cielo-SBVC é uma clara demonstração da resiliência do setor. “Em meio a fusões, aquisições e transformações, o setor vem evoluindo, amadurecendo e se modernizando, sempre crescendo acima do PIB nacional e se mostrando cada vez mais relevante na sociedade”, afirma Eduardo Terra.
Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR Retail, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP) e Käfer Content Studio.
Fonte: Mercado e Consumo