Assim como todo o mercado digital, o e-commerce está sempre em transformação e ampliando seus campos de atuação e hoje conta com inúmeros modelos diferentes, entre eles, o B2B, que, atualmente aponta para um novo cenário na indústria. Se antes ela não se relacionava diretamente com seu consumidor, hoje ela pode realizar negócios tanto via distribuidores e varejo, quanto com seu público final.
Um dos primeiros setores industriais a ingressar no universo do e-commerce, o café, paixão nacional, tem demonstrado que esse pode ser um caminho promissor.
Mas por que comprar online um produto facilmente encontrado em supermercados e lojas? Capilaridade é o primeiro ponto. No varejo, a gama de produtos pode ser muito restrita, uma vez que existem dezenas de marcas de multibebidas competindo por espaço nas gôndolas, o que pode acabar impedindo que sua marca oferte todo o seu portfólio. Outra questão importante é que fora dos grandes centros, as redes distribuidoras nem sempre têm força de compra suficiente para adquirir e vender a quantidade e variedade ofertada pela indústria.
Contribui também a popularização do consumo e o crescimento das categorias: cápsulas, torrado, moído, solúvel e filtrados aumentou também o interesse do consumidor.
Se antes o café era apena um complemento, hoje ele tomou o protagonismo nas reuniões sociais e ganhou status de gourmet, o que expandiu seu alcance geográfico. Exemplo disso são os resultados pelos termos mais buscados no Google: nos últimos 12 meses, os resultados de busca pelos termos “café” e “cafeterias” aumentou significativamente nos estados do Norte e Nordeste, refletindo a mudança de comportamento deste consumidor. Com um e-commerce, é possível suprir essa demanda e trabalhar a cauda longa do portfólio da marca, além de entregar em todo país e ainda poder fidelizar o cliente através de programas de assinatura e pontos.
Mas não é só o B2C que ganha, há incremento de vendas também no B2B, já que o e-commerce atende também as compras corporativas e de pequenos varejistas que pode, inclusive, programar a entrega diretamente em suas respectivas filiais, além das opções de compra recorrente, que possibilitam programar o recebimento dos produtos mês a mês.
Outro impacto positivo do e-commerce de café, foi para o pequeno produtor de grãos especiais que agora consegue ter penetração nacional com uso da tecnologia.
Assim como o café, outros segmentos na área de Foods começam a surgir, como é caso dos kits de carnes e produtos especiais para a ceia de Natal e Ano Novo vendidos online. Cada vez mais, ter um e-commerce deixa de ser algo suplementar e passa a ser essencial para o crescimento das marcas, tanto em venda, quanto em alcance de público.
Artigo de Laura Schneider — Gerente de E-commerce da Infracommerce.
Fonte: Administradores